Os maus-tratos infantis representam um desafio global, abrangendo aspectos socioeconômicos, culturais e étnicos. Incluem abuso físico, emocional e negligência, ameaçando o bem-estar e desenvolvimento saudável das crianças. Compreender a gravidade do problema e buscar soluções efetivas são fundamentais para garantir a segurança e o futuro das crianças vulneráveis. A detecção precoce é crucial para protegê-las e evitar consequências graves. No contexto dos profissionais da área da saúde, os dentistas desempenham um papel essencial na identificação e relato de casos de maus-tratos, principalmente porque a face e a cavidade bucal são frequentemente afetada. No entanto, cirurgiões-dentistas deixam de relatar casos de abuso infantil devido à falta de confiança no diagnóstico, falta de conhecimento, receio de lidar com os pais e recusa em acreditar na negligência dos pais. Isso revela uma abordagem inadequada na formação acadêmica, resultando em profissionais com treinamento insuficiente para lidar com casos relacionados a essa temática. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi analisar o conhecimento dos alunos de graduação em odontologia sobre a identificação de casos de maus-tratos infantis. Foi realizada uma revisão de literatura, utilizando-se publicações indexadas nas bases de dados do Google Acadêmico e PubMed. Utilizou-se os descritores em inglês "child abuse", "undergraduate student" e "dentistry" para delimitar a busca, por meio do cruzamento com operador booleano AND. Os critérios de inclusão para a seleção da amostra foram: artigos completos publicados no período de 2013 a 2023. Inicialmente, foram analisados os títulos e resumos dos artigos. Os trabalhos que atendiam ao perfil de busca foram selecionados para leitura completa do texto. Os resultados evidenciam que os alunos apresentam conhecimento deficiente sobre a definição de maus-tratos infantis, bem como sobre a conduta esperada pelo profissional diante da suspeita de tais casos. Em relação ao recebimento de informações sobre maus-tratos na infância, a maioria dos alunos afirma ter recebido pelo menos alguma informação. No entanto, os estudos evidenciam que tanto os acadêmicos quanto os cirurgiões-dentistas possuem conhecimento parcial e/ou inadequado sobre o diagnóstico de maus-tratos na infância. Além disso, os alunos reconhecem a importância do tema e relataram querer obter mais informações em sua formação profissional. Conclui-se, assim, que tanto os profissionais quanto os acadêmicos possuem um conhecimento deficiente e inadequado sobre maus-tratos infantis e a conduta esperada diante casos suspeitos. No entanto, é importante ressaltar que os alunos reconhecem a importância do tema e demonstram interesse em obter mais informações durante sua formação profissional. Esses resultados indicam a necessidade de aprimoramento nos currículos acadêmicos e na capacitação dos profissionais de odontologia, visando garantir uma atuação mais efetiva na identificação, prevenção e encaminhamento adequado de casos de maus-tratos infantis.
ISBN registrado: 978-65-981095-3-0
DOI GERAL DO EVENTO: https://doi.org/10.55664/2comciencias2023
Título: SEGUNDO CONGRESSO INTERNACIONAL MULTIDISCIPLINAR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, BIOLÓGICAS, SOCIAIS E HUMANAS APLICADAS
Subtítulo: II COMCIÊNCIAS
Formato: Livro Digital
Veiculação: Digital
Instituição organizadora
Editora Lion Publication e Consultorias
Comissão Científica
Cistiano Pereira Sena
Eduarda Albuquerque vilar
Patrick Gouvêa Gomes
Ana Cláudia Rodrigues Silva
Ana Caroline Belfort Dominice Braga
Ana Karoline Alves da Silva
Cleiciane Remigio Nunes
Cristiane Santos Santana
Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário
Lucas Silva Peixoto
Luys Antônio Vasconcelos Caetano
Priscila Ramos Figueiredo Cunha
Rayssa da Silva Sousa
Roberto Pereira Santos
Simony de Freitas Lavor
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