PRÁTICAS E FERRAMENTAS PARA O RASTREAMENTO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

PRÁTICAS E FERRAMENTAS PARA O RASTREAMENTO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

• Autor
• Yasmim Ferreira de Araujo Costa
• Co-autores
• Rebecca Mascarenhas Santos , José Alcione Matos Gomes Filho , Maria Fernanda de Lemos Schuler , Bianca Thaís Silva do Nascimento , Ana Carla Feitosa do Nascimento , Isabela Carolina dos Santos da Silva Rodrigues
• Resumo

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  Introdução: Durante o período gravídico-puerperal, é natural que a gestante vivencie alterações significativas em sua saúde física e bem-estar psicossocial, dada a demanda de ajustes necessários para se adequar à nova dinâmica. No entanto, a dificuldade em efetuar essas adaptações e a falta de rede de apoio adequada, somadas a outros fatores, têm contribuído para o aumento dos casos de depressão pós-parto (DPP), que pode inferir gravemente sobre a dinâmica familiar e a saúde tanto materna, levando a um ciclo de ansiedade, sofrimento mental, fadiga e isolamento social, quanto infantil, comprometendo a nutrição, crescimento e desenvolvimento do bebê. Nesse contexto, o rastreamento da depressão pós-parto desempenha um papel crucial para que a mesma seja identificada e tratada precocemente. Objetivo: Evidenciar as principais práticas e ferramentas utilizadas para o rastreamento da Depressão Pós-Parto no contexto da Atenção Primária à Saúde. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no mês de setembro de 2023, a partir da pergunta de pesquisa “Quais são as práticas e ferramentas utilizadas para o rastreamento da Depressão Pós-Parto no contexto da Atenção Primária à Saúde?”. Os descritores utilizados, oriundos do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), foram: Programas de Rastreamento, Depressão Pós-parto e Atenção Primária à Saúde e suas alternativas em inglês e espanhol, combinados por meio dos operadores booleanos AND e OR. Através da biblioteca de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), encontrou-se um total de 205 publicações sobre a temática, que foram submetidas aos critérios de inclusão: artigos originais, publicados entre 2018 e 2023 e resultaram em 20 trabalhos a serem analisados. Ademais, não houve restrição quanto ao idioma. Após seleção dos títulos, resumos e leitura na íntegra, 5 artigos que adequarem-se a proposta foram selecionados para compor este estudo. Resultados: Levando em consideração seu papel como coordenadora do cuidado e sua capilaridade, as equipes de Atenção Primária à Saúde são tidas como os principais atores na prevenção, detecção e tratamento precoce de condições e transtornos de saúde, inclusive da DPP. Por conseguinte, os estudos sugerem que a APS pode se beneficiar da implementação de instrumentos de triagem mais breves e eficazes, como a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo (EPDS), que proporcionam uma ferramenta prática e ágil que se alinha com a natureza do atendimento na APS, muitas vezes caracterizado por consultas de tempo limitado. Ademais, pode-se integrar a triagem da DPP como parte de uma abordagem holística da saúde da mulher durante as consultas no período gravídico e perinatal, permitindo que os profissionais de saúde identifiquem precocemente os sintomas de DPP. Essa abordagem abre caminho para intervenções oportunas e garante que as mães recebam encaminhamento adequado para serviços de saúde mental quando necessário, promovendo acompanhamento integral e longitudinal. No entanto, além do uso de instrumentos diagnósticos, vale ressaltar a importância do treinamento adequado de profissionais de saúde para a identificação e tratamento da DPP. O investimento em programas de educação continuada e atualização de diretrizes é essencial para garantir que os profissionais estejam preparados para lidar com questões de saúde mental perinatal. Considerações Finais: Ao adotar instrumentos de triagem eficazes, promover a sensibilização dos serviços e fornecer acompanhamento a longo prazo, a Atenção Primária à Saúde pode desempenhar um papel fundamental na identificação precoce e tratamento eficaz da DPP, melhorando assim a saúde materna e infantil e a qualidade dos cuidados prestados. A atenção à saúde mental materna na APS não apenas beneficia as mulheres, mas também contribui para o bem-estar das famílias como um todo e é capaz de prevenir ou mitigar as consequências desta condição de saúde mental.

• Palavras-chave
• Rastreamento, Depressão Pós-parto, Atenção Primária à Saúde
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• Resumo Simples: Ciências da Saúde: Atenção Primária

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