Introdução: As formas de organização e a evolução do mercado de trabalho geram um embate exponencial relacionados à saúde mental e à qualidade de vida do trabalhador. Com isso, existem fatores relacionados a uma maior fragilidade na relação homem-trabalho, como a falta de clareza nas atividades desenvolvidas, competitividade entre os colaboradores, comunicação ineficaz, altas exigências e jornada laboral extensa, o que pode levar a casos de maior estresse, depressão, absenteísmo e burnout. Além dos transtornos mentais que podem ser carreados pelo estresse laboral, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) evidencia um número elevado de ocorrência de suício no Brasil, em que cerca de 10 mil casos estão relacionados a pessoas em atividades laborais. Observando este cenário é possível perceber a necessidade do olhar integral aos trabalhadores, uma vez que será garantida a promoção de uma melhor qualidade de vida frente às adversidades do cotidiano. Objetivos: Relato de experiência baseado na vivência de Enfermeirandas de uma Universidade Federal do Nordeste quanto a realização da ação “Setembro Amarelo: cuidando de quem cuida” em uma Unidade de Saúde da Família. Relato de experiência: Através de observações empíricas durante o cotidiano das enfermeirandas em uma Unidade de Saúde da Família de Alagoas, constatou-se a existência de estresse laboral nos trabalhadores presentes. A partir disso, foram acordados com a diretora da unidade e o secretário de saúde do município um dia dedicado à promoção do autocuidado dos servidores da unidade. Assim, foram realizadas atividades envolvendo as terapias complementares como musicoterapia, aromaterapia, massoterapia, yogaterapia, alongamentos, além de roda de conversa para a partilha das emoções relacionadas ao trabalho. Ao final, foi realizado o feedback em que os trabalhadores puderam compartilhar sobre os impactos positivos ou negativos da ação em saúde realizada. Resultados: A partir do feedback levantado pelos trabalhadores, foi possível perceber o impacto positivo carreado pela experiência em dedicar um dia ao autocuidado e a promoção da sua qualidade de vida. Assim, foi referido pelos servidores da unidade o sentimento de relaxamento e felicidade após a ação. Além disso, muitos citaram a sensação de ter “acordado” o corpo após a realização da yogaterapia e alongamento. Foi referido ainda a necessidade da realização de mais ações de caráter voltado também aos trabalhadores, excepcionalmente na área da promoção da saúde mental. Bem como a criação de uma nova necessidade de olhar para si e para aqueles que dividem o seu dia-a-dia. Conclusão: À luz do que foi exposto, pode-se reafirmar a importância da realização de ações voltadas à promoção do bem-estar e autocuidado do trabalhador, uma vez que estas podem auxiliar na interação dos trabalhadores e reduzir os níveis de estresse durante a jornada laboral.
CONGRESSO BRASILEIRO MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE MENTAL E SUAS TERAPÊUTICAS DOI: doi.org/10.55664/doity.978-65-982433-1-9
Publicado em 31/01/2024 - ISSN ISBN 978-65-982433-1-9
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CONGRESSO BRASILEIRO MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE MENTAL E SUAS TERAPÊUTICAS
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