Introdução: A sepse neonatal é uma condição clínica grave, caracterizada por uma resposta inflamatória sistêmica a infecções em recém-nascidos, podendo resultar em disfunção orgânica e óbito. Sua incidência varia de 1 a 8 casos a cada 1.000 nascimentos, com taxas de mortalidade entre 10% e 50%, dependendo da gravidade e do tempo de início do tratamento. Neonatos prematuros e com baixo peso ao nascer apresentam maior risco. A sepse pode ser causada por agentes bacterianos como Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Streptococcus do grupo B e Klebsiella pneumoniae, além de vírus como herpes simplex e citomegalovírus. Fatores de risco incluem prematuridade, ruptura prolongada das membranas e infecções maternas. O quadro clínico manifesta-se com sinais como hipotermia ou febre, irritabilidade, dificuldade respiratória, alterações na frequência cardíaca e distúrbios alimentares. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar os desafios e avanços no manejo da sepse neonatal. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa para analisar os desafios e avanços no manejo da sepse neonatal. As bases de dados PUBMED, LATINDEX e SciELO foram consultadas, incluindo artigos completos, experimentais ou não, publicados entre 2020 e 2024, em inglês, espanhol e português. A estratégia PICO foi: "Quais os avanços no manejo da sepse neonatal em neonatos prematuros e de baixo peso?" Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados foram: "Sepse neonatal", "Manejo", "Tratamento antibiótico". Os critérios de inclusão foram artigos relevantes, gratuitos e completos. Excluíram-se revisões, estudos com amostras não neonatais e artigos fora do período de publicação definido. Ao final, foram aplicados 11 artigos. Resultados: O manejo da sepse neonatal requer uma abordagem sistemática e imediata para otimizar os resultados. A avaliação inicial deve ser centrada na identificação precoce dos sinais clínicos, seguida pela realização de exames laboratoriais essenciais, como hemoculturas, hemograma e marcadores inflamatórios, para confirmar a presença de infecção. O tratamento antibiótico empírico deve ser iniciado sem demora, com o uso de antibióticos de amplo espectro, como ampicilina e gentamicina, logo após a coleta das hemoculturas. Em paralelo, o suporte intensivo é fundamental, envolvendo monitorização hemodinâmica contínua, suporte ventilatório, quando indicado, e manejo adequado de fluidos. A reavaliação constante do paciente é imprescindível, ajustando o tratamento com base nos resultados das culturas e na resposta clínica observada. Essa abordagem dinâmica visa controlar a infecção e prevenir complicações, melhorando a sobrevida neonatal. A agilidade no diagnóstico e na implementação das medidas terapêuticas é crucial para reduzir a mortalidade associada à sepse neonatal. Conclusão: Os avanços no manejo da sepse neonatal têm mostrado progressos, especialmente com a introdução de novos protocolos de tratamento e suporte intensivo. No entanto, desafios como a resistência antimicrobiana e a identificação precoce de sinais clínicos continuam a impactar as taxas de mortalidade. A revisão destaca a importância de mais estudos sobre tratamentos antibióticos empíricos e a personalização da abordagem terapêutica, especialmente em neonatos de risco. Assim, pesquisas contínuas são essenciais para aprimorar as estratégias de manejo, visando reduzir a mortalidade e melhorar os desfechos.
ISBN 978-65-982433-1-9 & Congresso Regional de Saúde Translacional: Da Pesquisa à Prática na Atenção à Saúde da Família.
Doi Geral do Evento: https://doi.org/10.5281/zenodo.14257133
Site: https://zenodo.org/records/14257133
Edição: 1° edição
Manaus Amazonas Brasil
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Dra. Eduarda Albuquerque
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