O Residencial TEA representa um marco significativo na história do Brasil, sendo a primeira moradia assistida e protegida voltada para adultos autistas de suporte III. Em um mundo que muitas vezes marginaliza as necessidades de indivíduos com autismo, o nosso espaço surge como um refúgio acolhedor, onde a dignidade, os direitos humanos e a qualidade de vida são prioridades. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica do desenvolvimento que se manifesta desde os primeiros meses de vida, sendo marcada por alterações nas áreas motoras e sensoriais. Esse transtorno é caracterizado por dificuldades na comunicação verbal e não verbal, no estabelecimento de interações sociais e na compreensão de normas sociais, o que pode impactar diretamente as relações interpessoais do indivíduo. Além disso, o TEA pode acarretar alterações motoras e cognitivas que resultam em um declínio funcional precoce, afetando a autonomia dos indivíduos. Esse quadro pode levar a uma maior vulnerabilidade à incapacidade, tornando essencial o acompanhamento de profissionais especializados para o manejo da condição. Nesse contexto, a fisioterapia tem um papel crucial no processo de cuidados de pacientes com TEA, especialmente aqueles que apresentam um declínio funcional mais acentuado. O fisioterapeuta não apenas atua na prevenção de novas patologias, mas também no restabelecimento das funções motoras, promovendo um maior nível de independência e qualidade de vida para os indivíduos. O objetivo deste trabalho é destacar a importância da fisioterapia em residenciais de moradia assistida para pessoas com TEA, com foco na promoção da saúde, na melhoria da qualidade de vida e no aumento da expectativa de vida. A intervenção fisioterapêutica proporciona, assim, uma manutenção das funções motoras e cognitivas, favorecendo a inclusão e o bem-estar dos pacientes, além de ser um pilar fundamental na busca por uma vida mais autônoma e funcional.
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