A CAA é definida como um conjunto de estratégias, métodos, símbolos e tecnologias usados para complementar (aumentativa) ou substituir (alternativa) a comunicação oral e escrita de pessoas com deficiência temporária ou permanente na fala. Ela pode incluir desde gestos e pranchas com figuras até sistemas computacionais com voz sintetizada, como os softwares Proloquo2Go, Boardmaker, e o Grid 3. Segundo a American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), a CAA deve ser considerada uma extensão das habilidades comunicativas do indivíduo, e não um substituto exclusivo da fala. Seu uso possibilita a ampliação da autonomia, a participação ativa em ambientes sociais e melhora na qualidade de vida de pessoas com deficiências comunicativas. Apesar dos avanços tecnológicos e evidências científicas que demonstram sua eficácia, a CAA ainda é cercada de mitos, especialmente a crença de que seu uso inibe ou prejudica o desenvolvimento da fala. Esta revisão bibliográfica tem como objetivo apresentar no formato pôster a importância da CAA, sua evolução histórica e desconstruir, com base em estudos científicos, o mito de que ela atrapalha a oralidade. Foram consideradas publicações de referência, incluindo os estudos de Romski e Sevcik (2005), bem como de Millar, Light e Schlosser (2006), além dos dados divulgados pela American Speech-Language-Hearing Association (ASHA, 2019). Essas fontes evidenciam que a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), ao contrário de concepções equivocadas, contribui significativamente para o desenvolvimento da linguagem, ampliando as oportunidades de interação social e inclusão, especialmente entre indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesse contexto, o uso da CAA constitui um instrumento essencial para a garantia dos direitos fundamentais à comunicação, à educação e à cidadania.
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