Resumo: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve características que demandam um cuidado específico e atento por parte dos profissionais de saúde. Em unidades hospitalares, a pessoa com autismo pode apresentar dificuldades de adaptação, sensibilidade a estímulos e barreiras na comunicação. Nesse cenário, as práticas humanizadas de enfermagem são fundamentais para garantir um atendimento acolhedor, seguro e respeitoso, promovendo o bem-estar do paciente e fortalecendo o vínculo com a equipe de saúde. Metodologia: Revisão integrativa da literatura nas bases de dados da BVS, SciELO, LILACS e BDENF de 2020 a 2025. Resultado e Discussão: A análise dos estudos revelou três eixos temáticos principais: comunicação e ambiente terapêutico, capacitação profissional e abordagem centrada na família. A comunicação com pessoas com TEA exige estratégias adaptadas, e o ambiente hospitalar deve ser ajustado para reduzir estímulos sensoriais. A capacitação da enfermagem é essencial, sendo necessário investir em formação continuada. A inclusão da família favorece a adesão ao cuidado. Tais práticas estão em aquiescência com a PNH e as Leis nº 8.080/1990 e nº 15.126/2010. Contudo, a ausência de protocolos e formação adequada ainda dificulta a humanização efetiva da assistência. Assim, esta deve consolidar-se como eixo estruturante da assistência, por meio de ações permanentes que promovam qualificação profissional, adequação do ambiente e valorização da família como parceira no cuidado. Conclusão: Evidenciou-se que a humanização contribui para a redução da ansiedade, melhora na comunicação e fortalecimento do vínculo com o paciente e sua família. Consolidar a humanização como base da assistência exige reconhecer a complexidade do autismo e investir em qualificação profissional contínua, adequação do ambiente e valorização da família no cuidado. Protocolos específicos e capacitação reforçam o compromisso com a equidade, inclusão e os direitos dessa população.
Comissão Organizadora
MOVIMENTO TREVO
Comissão Científica