A inclusão de pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) em espaços culturais e de lazer é um tema que vem sendo explorado e debatido de forma mais ampla nos últimos anos, no entanto ainda há barreiras a serem rompidas e progressos a serem feitos para que esse público possa de fato frequentar esses espaços. As dificuldades são diversas, a falta de acessibilidade, desafios sensoriais, profissionais sem qualificação e questões econômicas. Pensando em viabilizar o acesso desses indivíduos e seus familiares a um espaço de cultura, literatura e conhecimento surge o projeto “Ler é Bom Pra Cachorro!”, com oficinas de mediação literária acompanhadas de um cachorro de Serviços Assistidos (SAA). O projeto de extensão, vinculado à UERJ/FFP, tem como objetivo oferecer um espaço acolhedor e seguro para crianças e adolescentes com TEA através da arte literária, e o cão desempenha um papel fundamental nessa proposta, uma vez que sua presença se torna um meio facilitador e um convite para interações sociais e toques, assim como nas atividades de leitura e escrita (Beetz, 2013; Hall et.all., 2016). Através da metodologia Programa de Apoio Assistidos por Animais (PAAA) constrói-se uma relação livre de julgamentos e preconceitos entre as pessoas assistidas, o animal e o ambiente, facilitando e prolongando a permanência de autistas em lugares antes inacessíveis. A literatura, por sua vez, apresenta inúmeras possibilidades temáticas, artísticas e de conexão, capazes de causar encantamento em todas as idades, além de se constituir como um direito inalienável (Candido, 1998) que deve ser garantido e ofertado a todos, incluindo as pessoas autistas.
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