O projeto “TEAcolhe UERJ” da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) amplia o cuidado, inclusão e a humanização através de Serviços Assistidos por Animais, oferecendo visitas terapêuticas em hospitais e escolas, promovendo a interação social, equilíbrio emocional e estimulando o desenvolvimento cognitivo e motor pela coterapia animal. O público-alvo engloba indivíduos no TEA, crianças hospitalizadas, idosos, entre outros. Desenvolvemos a Escala de Afetos - Interação de Animais Terapeutas com o Público para análise dos efeitos antes e após a interação com os animais. Esta foi aplicada numa amostra de 61 indivíduos que interagiram com cães. Os participantes selecionaram uma ou mais opções dentre oito estados emocionais: Preocupado, Otimista, Feliz, Satisfeito, Raivoso, Frustrado, Infeliz e Divertido. Antes da interação, afetos positivos predominaram (53,2%) sobre os negativos (46,8%). Após a interação, 100% dos participantes expressaram ao menos um dos afetos positivos, com variância de 69,6 pré-interação e de 328,8 após interação via análise do programa JASP. O afeto positivo “feliz” sofreu maior variabilidade, com 10 respostas antes da interação e 53 após o contato. “Preocupado” se destacou quanto aos afetos negativos, recebendo 25 respostas antes da atividade e 0 respostas após o contato. Observou-se, portanto, que 100% das respostas dos participantes após a interação incluíam algum afeto positivo. A variância antes da interação (69,6) foi menor do que a variância após interação (328,8). Tanto os indivíduos que iniciaram com afeto positivo, quanto os com afeto negativo sinalizaram com afetos positivos. A redução extrema da categoria “preocupado”, tendendo a zero, sugere a redução de sentimentos negativos das pessoas após interação. A aplicação da Escala de Afetos demonstrou que a interação com os animais promove saúde física, emocional e psicológica de pacientes, cidadãos com TEA e de toda a rede de apoio envolvida nesses grupos vulneráveis.
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MOVIMENTO TREVO
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