INTRODUÇÃO: Diabete mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença causada quando o corpo não aproveita adequadamente a produção de insulina, hormônio responsável diretamente pela entrada da glicose no interior das células, movimento este que diminui a taxa desse metabólito na corrente sanguínea. Ela afeta, principalmente, adultos e está relacionada a outras condições de saúde como: sedentarismo, dislipidemia, sobrepeso e hipertensão. As taxas elevadas de açúcar no sangue podem acarretar complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. A DM2 é um problema de saúde pública com elevada morbimortalidade, e provoca impacto ao indivíduo e ao sistema público de saúde. Estima-se que mundialmente serão 700 milhões de pessoas com diabete até 2045, alcançando um custo de 845 bilhões de dólares, fator este que traz a indispensabilidade de estudos desta temática. OBJETIVO: Descrever a mortalidade por diabete mellitus tipo 2 na região Nordeste no período de 2020 a 2022. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, observacional e de abordagem quantitativa baseado em dados secundários referentes aos casos de mortalidade por Diabete Mellitus tipo 2 registrados na região Nordeste, entre os períodos de 2020 a 2022. Os dados foram coletados no mês de março de 2024, por meio do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), disponibilizado por meio do portal do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), desenvolvido pelo Ministério da Saúde (MS). As variáveis analisadas foram: sexo, raça/cor, faixa etária, local de ocorrência e estado civil. Após a coleta, procedeu-se à tabulação e organização dos dados pelo software Microsoft Excel e análise destes por meio de estatística descritiva simples. RESULTADOS: No período analisado foram notificados 14.370 óbitos por DM2 na região nordeste. Em relação ao sexo, 44,69% eram homens e 55,29% mulheres. Já no que se refere à raça/cor, 59,56% são pardos, 26,48% brancos, 10,36% pretos, 0,41% indígenas e 2,83% tiveram esse campo ignorado. Na distribuição da faixa etária, a maior prevalência se deu em indivíduos com 80 anos a mais, com 38,32%, seguido por 70-79 anos, 27,58%, 60-69 anos, 18,52%, 50-59 anos, 10,05% e 40-49 anos 3,81%. Quanto ao estado civil dos indivíduos, 33,73% são casados, 28,06% viúvos, 21,80% solteiros, 3,90% separados, 3,84% outros e 7,95% tiveram esse campo ignorado. No tópico “local de ocorrência” foram 46,61% hospital, 45,30% domicílio, outro estabelecimento de saúde, 5,49%, via pública, 1,07%, outros 1,47%. CONCLUSÃO: Esse estudo constatou que a mortalidade por diabete mellitus tipo 2 é mais comum em mulheres casadas da cor parda, com predominância da faixa etária dos 80 anos e mais, sendo o hospital o local de ocorrência mais comum da notificação. Diante disto, é primordial a identificação precoce dos sinais e sintomas da DM2, para que assim haja uma diminuição das possíveis repercussões negativas da doença, além de viabilizar a implementação em tempo hábil das intervenções em saúde.
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