Monosporascus cannonballus (Mcan) é um dos fungos mais agressivos em cucurbitáceas, sendo até o momento relatado em 22 países, ocasionando a podridão de raízes por Monosporascus e o declínio de ramas. Neste estudo, cinco novas espécies de Monosporascus, recentemente descritas, M. brasiliensis (Mbra), M. caatinguensis (Mcaa), M. mossoroensis (Mmos), M. nordestinus (Mnor) e M. semiaridus (Msem), e mais M. cannonballus foram confrontadas, mediante inoculação artificial, com diferentes espécies de cucurbitáceas (abóbora - ‘Miriam’, melão - ‘Titannium’, melancia - ‘‘Manchester’ e pepino - ‘Racer’). Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições (1 planta por vaso) por tratamento. A inoculação foi realizada com 12g de sementes de trigo, autoclavadas, e inoculadas com os isolados das espécies de Monosporascus. As avaliações foram realizadas aos 50 dias da semeadura, sendo verificadas a incidência (INC), severidade (SEV), comprimento de raízes (CR), altura da planta (AP), peso fresco (PFR) e seco (PSR) das raízes e (PFPA) e (PSPA) da parte aérea. Foi verificado efeito estatístico significativo p <0,05 na INC da doença em plantas de pepino (X2 = 39,73), abóbora (X2 = 46,64), melão e melancia (X2 = 69,00). No melão e na melancia todas as espécies de Monosporascus testadas causaram uma INC de 100%. No pepino, a maior INC (100%) foi observada nas espécies Mcaa, Mcan e Msem, enquanto na abóbora a maior INC foi verificada em Mcaa, Mcan, Mmos e Mnor. Efeito estatístico significativo p <0,05 também foi observado para a SEV da doença em pepino (X2 = 35,87), melão (X2 = 32,57), abóbora (X2 = 42,23) e melancia (X2 = 31,66). No pepino, a maior SEV média da doença (3,30) foi causada por Msem. No melão, a SEV média da doença foi de 1,60, apresentadas pelas espécies Mbra, Mcan, Mmos e Msem. Na abóbora, a maior SEV média da doença (1,80) foi causada por Mmos, enquanto na melancia, Mnor apresentou uma SEV média de 1,90. Foram obtidos efeitos significativos para as variáveis de crescimento e peso nas plantas inoculadas. No pepino, Msem causou os menos valores de CR (17,40 cm), PFR (7,94 g), AP (28,55 cm), PFPA (11,94 g) e PSR (2,0 g). Para a variável PSR, todas as espécies diferiram estatisticamente do controle. O melão apresentou CR menor na inoculação com Mcan (19,44 cm), seguido por Msem (19,90 cm). As variáveis PFR e PSR diferiram estatisticamente do controle em todas as espécies inoculadas, sendo a menor AP observada para Mmos (73,80 cm). Em meloeiro, o PFR e o PSPA não diferiram estatisticamente da testemunha, apresentando um coeficiente de variação (CV) de 22,66 e 29,03%, respectivamente. Na abóbora, todas as espécies diferiram estatisticamente do controle para CR e PSR, e os menores valores de PFR foram obtidos em Mcaa, Mcan e Mnor (8,69, 9,47 e 10,11 g, respectivamente). Dessa forma concluímos que as novas espécies de Monosporascus apresentam-se patogênicas a cucurbitáceas.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas