Foram relatadas recentemente cinco novas espécies do gênero Monosporascus, sendo estas: M. brasiliensis (Mb), M. caatinguensis (Mc), M. mossoroensis (Ms), M. nordestinus (Mn) e M. semiaridus (Ms). No entanto, somente a espécie M. cannonballus (Mcan), está descrita como agente fitopatógeno em cucurbitáceas em 22 países, ocasionando a podridão de raízes por Monosporascus e o declínio de ramas. Dessa forma, dados dos componentes de adaptabilidade das novas espécies são importantes para que se conheçam os dados biológicos dessas espécies fúngicas. Foram realizados três experimentos in vitro, para obtenção das curvas de crescimento a diferentes temperaturas, níveis de salinidade e pH. Foram utilizados seis isolados do gênero Monosporascus – Mb, Mc, M. can, Mm, Mn e Ms, acrescido de uma testemunha absoluta. Para obtenção da temperatura ótima de crescimento das novas espécies, discos fúngicos de 8 mm de diâmetro de Monosporascus spp., de colônias com 10 dias de crescimento em meio BDA, foram depositados em placas de Petri de 90 mm e incubados em B.O.D., no escuro, nas temperaturas de 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 45 ºC. Para a curva de salinidade, suplementou-se o meio BDA com concentrações de 250, 500, 750 e 1000 mM de NaCl. De forma semelhante, para obtenção da curva ótima de pH, o meio BDA foi ajustado para pHs 5, 6, 7, 8 e 9. Todos os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizados, com cinco repetições para cada tratamento, nos diferentes experimentos. Todos os experimentos foram repetidos duas vezes. A avaliação dos experimentos foi realizada mediante medições do crescimento radial das colônias fúngicas, com o auxílio de um paquímetro digital, em duas direções perpendiculares, até sete de dias de incubação. As temperaturas ótimas de crescimento para Mbra, Mcaa, Mmos, Mnor e Msem de 32,1; 30,7; 31,8; 32,4 e 31,3°C, respectivamente. Todos os isolados cresceram nas diferentes concentrações de NaCl. As concentrações de NaCl que inibiram 50% do crescimento micelial (CE) variaram entre 903,42 mM (Mcan) e 998,55 mM (Mbra). As espécies, Mcaa, Mmos, Mnor e Msem, apresentaram valores de CE50 para salinidade de 972,66; 995,91; 970,43 e 974,99 mM de NaCl, respectivamente. O pH ótimo de crescimento micelial variou entre 5,08 (Mcaa) e 8,21 (Mcan). As espécies Mbra, Mmos, Mnor e Msem apresentaram valores ótimos de pH de 7,58; 8,00; 6,52 e 6,80, respectivamente. Os resultados obtidos nestes estudos fornecem informações relevantes sobre a resposta de Monosporascus spp. a fatores ambientais, podendo ser incorporados em programas de melhoramento de melão e melancia.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas