Em estudos de avaliação social do ciclo de vida, subcategorias de impacto padronizadas e generalistas podem não ser representativas dos problemas sociais relevantes ao produto estudado. Os estudos ACV-S se baseiam no senso comum ou no conhecimento do analista acerca do produto estudado para a definição das subcategorias de impacto a serem consideradas, caracterizando uma limitação a ser superada, dado que esse processo é realizado de forma empírica e não estruturada. Assim, essa pesquisa propõe um método capaz de modelar a subjetividade associada à seleção de subcategorias de impacto em estudos de avaliação social do ciclo de vida, por meio de uma abordagem participativa junto aos stakeholders. Esse framework está organizado em três etapas e foi aplicado no contexto do stakeholder “Comunidade Local” do ciclo de vida da polpa de fruta produzida no interior do nordeste do Brasil. A primeira fase da abordagem proposta identifica os representantes das comunidades locais no entorno do ciclo de vida do produto e os potenciais subcategorias que podem ser consideradas. Na segunda fase, o processo de elicitação das preferências desses representantes acerca das subcategorias de impacto é realizado. Na terceira fase, as informações obtidas são agregadas para a classificação das subcategorias de impacto em pertinentes e não-pertinentes por meio do PROMSORT. As etapas metodológicas foram aplicadas para um contexto de seleção individual e outro coletivo. No primeiro caso, os representantes consideraram as seguintes subcategorias como pertinentes: acesso aos recursos materiais, herança cultural, acesso aos recursos imateriais, condições de vida segura e saudável. Contudo, as subcategorias engajamento da comunidade e deslocamento e migração não foram consideradas fortemente pertinentes. Somente a subcategoria respeito aos direitos dos povos nativos foi considerada como não-pertinente. Para o segundo caso, as subcategorias “pertinentes foram: acesso aos recursos materiais, herança cultural, acesso aos recursos imateriais, deslocamento e migração, condições de vida segura e saudável, engajamento da comunidade. A subcategoria não-pertinente refere-se também ao respeito aos direitos dos povos nativos. O uso de uma abordagem participativa que considera a opinião dos stakeholders na seleção das subcategorias de impacto tem potencial para melhor identificar os problemas sociais pertinentes a um dado ciclo de vida de um produto. Esse framework pode ser aplicado a diferentes produtos e pode ser adaptado para as demais categorias de stakeholders.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas