Ao longo dos anos os agricultores familiares buscam alternativas para desenvolver suas práticas de reprodução econômicas e sociais. Esses atores sociais têm sido incentivados a organizar-se através de associações e cooperativas, em especial para buscar apoio e financiamento com o intuito de promover o desenvolvimento das cadeias produtivas e gerar ocupação e renda no campo. Na região Nordeste, por exemplo, a cadeia produtiva da apicultura está? sendo inserida neste contexto e tem proporcionado desafios como mudanças nos padrões tecnológicos, nos hábitos organizacionais e costumes dos agricultores familiares. Nesse viés, o presente trabalho tem por objetivo mapear os atores que interagem na cadeia da apicultura nos territórios do estado do Rio Grande do Norte (RN), bem como caracterizar como se estruturam os processos de informação e participação dos agricultores familiares no mercado apícola do vigente estado, contribuindo, dessa maneira, para a compreensão da dinâmica organizacional de cada agente envolvido. Aliado a isso, pretende-se averiguar na ótica da estrutura familiar, como decorre o procedimento de transmissão de informações entre os apicultores e de que forma tais informes tornam-se úteis no desenvolvimento das suas respectivas atividades. É oportuno salientar, que em virtude da pandemia generalizada de coronavírus (Covid-19), não foi possível fazer as visitas nas associações, tornando-se impossível realizar as entrevistas com os agricultores familiares. Dessa maneira, almejando compreender as formas organizativas das famílias e suas estratégias de divulgação de informações sobre o processo produtivo do mel no estado do RN, realizou-se a aplicação de roteiros de entrevistas semiestruturadas, tendo como foco especialistas que integram a cadeia da apicultura, e especialistas acadêmicos da área. Dessarte, foram entrevistados 5 (cinco) especialistas na área da apicultura englobando perguntas nos seguintes temas, a saber: perspectivas da apicultura no estado do RN; estruturação da cadeia; metodologias de comunicação dos atores sociais na atividade apícola; tecnologias e estratégias de mercado impostas pela cadeia aos agricultores familiares; principais entraves/gargalos encontrados ou existentes no setor; e a importância da qualificação técnica dos apicultores no desenvolvimento de suas atividades. Fundamentado nos dados oferecidos nas entrevistas com os especialistas, destaca-se, que as perspectivas da apicultura no RN denotam um elevado potencial de crescimento, tendo em vista que o estado conta com um novo entreposto de mel que atua como instrumento de representação comercial e organizacional da cadeia apícola e seus derivados. Em contrapartida, no que concerne a divulgação de informações por parte dos atores sociais no desenvolvimento das atividades da apicultura, os entrevistados afirmaram que ambas são de suma importância, no entanto, percebem que tais fluxos informacionais são escassos e, em alguns momentos, inexistentes na cadeia apícola, denotando uma fragilidade acentuada do setor produtivo. Por todo o exposto, faz-se imprescindível a implementação de políticas e campanhas informativas por parte das entidades que integram a cadeia da apicultura no estado, como o fornecimento gratuito de treinamentos e capacitações alusivas ao cultivo das abelhas, bem como informações referentes às medidas de segurança e boas práticas de fabricação e produção.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas