Melhoramento da água-mãe proveniente da indústria salineira para aplicação na cultura do melão como fonte de magnésio

Melhoramento da água-mãe proveniente da indústria salineira para aplicação na cultura do melão como fonte de magnésio

• Autor
• Jéssica Crhistie de Castro Granjeiro
• Co-autores
• Lidiane Araújo Vieira Dos Santos , José Francismar de Medeiros
• Resumo

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  A atividade salineira busca por alternativas eficientes no intuito de minimizar os impactos ambientais negativos gerados pela atividade. Como alternativa, tem-se a destinação dos resíduos gerados nesta atividade para a agricultura. Um dos resíduos gerados na atividade salineira é a água-mãe. A água mãe apresenta-se rica em Mg, mas é uma solução saturada de cloreto de sódio, sendo este elemento tóxico para as plantas em concentração elevada. A região de Mossoró se destaca no Brasil pela produção de melão, que devido aos solos e sua exigência nutricional requer adubação com Mg, que também é requerido por várias outras culturas no Brasil. Assim, o objetivo do trabalho foi fazer um melhoramento químico da água mãe para se produzir um fertilizante magnesiano adequado para utilização agrícola. O experimento para o melhoramento da água mãe foi instalado no delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições e os tratamentos corresponderam as concentrações da água mãe (inicial - 27,6, 30,1, 33,4, 33,8, 37,0 oBè) obtida pela sua evaporação em estufa de circulação e renovação de ar ajustada para 38 oC. Quando a concentração da água atingiu os respectivos valores, o sobrenadante foi drenado, medido seu volume e coletada uma amostra para sua caracterização química. Em seguida esse material foi recolocado na estufa para continuar o processo de evaporação. Verificou-se que o volume de água mãe remanescente, em L, obtido pelo processo de evaporação, a partir de um litro de água mãe bruta de 27,6 oBè, para diferentes concentrações atingidas pode ser estimada pela equação: Vol(c) = 6,8842c2 - 524,11c + 10201 (R² = 0,991), em que “c” é a concentração da água mãe (oBè). Para a água mãe atingir 37 oBè, precisa evaporar 60,3% do seu volume inicial, produzindo no final 22,2% de água mãe nesta concentração. A composição das águas mães remanescentes obtidas pelo processo de evaporação para diferentes concentrações foi a seguinte: Na = 1,094c2 – 79,18c - 1442(R² = 0,968), Mg = 6,078c - 135,6 (R² = 0,998), K = 0,960c2 – 16,13 (R² = 0,872) e S-SO4 = -0,2446c2 + 16,56c – 255,7 (R² = 0,798). Para os micronutrientes, houve um aumento em sua concentração, chegano aos seguintes valores para 37 oBè: Fe = 3,0, Mn e Zn = 1,0 e o Cu = 0,6 mg/L. Para os metais pesados Pb, Ni, e Cd, os mesmos apresentaram um crescimento em suas concentrações quando a água mãe passou para 30 oBè, mas depois diminuiu, atingindo valores de 0,8 ,0,2 e 0,0 mg/L, respectivamente para Ni, Pb e Cd para 37 oBè. Quanto ao cromo houve um crescimento constante com o aumento da concentração da água mãe, variando de 0,6 para 1,6 mg/L. Conclui-se que o melhoramento da água mãe pelo processo de evaporação reduz o Na em 92%, aumenta os níveis Mg, K e S, atingindo 9%, 2% e 2%, o mesmo acontecendo com os micronutrientes, e que com exceção do cromo, os metais pesados Pb e Cd ao final tem concentração muito baixa.

   

• Palavras-chave
• Rejeito das salinas, Sal marinho, Fertilizante
• Área Temática
• Ciências Agrárias

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