Pode-se considerar invasão biológica quando um organismo ocupa um espaço que não faz parte da sua região de dispersão geográfica natural, altera o ecossistema em que se instala e cria adaptações próprias para sobreviver no novo ambiente. Dentro desse contexto, está a algaroba. Essa espécie é proveniente das regiões áridas e semiáridas das Américas, África e Ásia. Ela é uma árvore leguminosa, não oleaginosa e faz parte do gênero Prosopis. No Rio Grande do Norte, a sua introdução ocorreu em 1947 com sementes provenientes da região desértica de Piura, no Peru. Atualmente, nas áreas semiáridas do estado, os recursos das árvores Prosopis são utilizados principalmente na alimentação dos animais, para a produção de produtos com a madeira e o sombreamento das áreas das propriedades rurais. Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo realizar um levantamento da entomofauna, com armadilhas do tipo Carvalho-47 modificada, potencialmente praga, de ocorrência em algarobal em Mossoró-RN. Foram instaladas seis armadilhas às margens do rio Apodi-Mossoró em área do Hotel Villa Oeste, com distanciamento equidistante de 20 metros entre elas. A altura em que foram instaladas foi de aproximadamente 1,5 metro. O atrativo usado foi etanol 70%, tanto para o preenchimento das mangueiras de látex (fonte atrativo) como no coletor localizado na parte inferior da armadilha com intuito de conservar os insetos. As coletas de insetos foram realizadas quinzenalmente em um período de doze meses, sendo as armadilhas novamente reabastecidas com álcool após a retirada da amostra. Os insetos coletados foram acondicionados e transportados para a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), onde foram quantificados e identificados ao nível de Ordem e Família por especialista. Dentre eles, se fez a triagem dos insetos com potencial daninho à algaroba, conforme a literatura pertinente. Dentre os grupos de importância florestal, as famílias Cerambycidae e Scolytidae, da Ordem Coleoptera, foram os que tiveram maior frequência nas coletas, representando 42,3% e 41,6%, respectivamente, destacando-se perante os outros grupos de insetos coletados. A variável climática não influenciou na flutuação populacional dos insetos dessas famílias, provavelmente, por ter a algaroba folhagem perene, fornecendo abrigo e alimentação durante o ano todo. O trabalho é importante quanto a um estudo aprofundado sobre a entomofauna geral de um algarobal no Brasil, assim como de analisar possíveis grupos de insetos com potencial para serem praga e com possível uso para o controle biológico da espécie vegetal em questão. Diante das considerações, o conhecimento sobre as espécies entomológicas em Algaroba se apresenta de importância no auxílio do conhecimento do controle dessa espécie considerada invasora.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas