Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) é considerada uma das principais pragas de frutíferas no mundo. Como alternativa, a utilização de parasitoides para o controle desses dípteros vem ganhando espaço por ser um método ambientalmente seguro e eficaz. Na década de 1930, o parasitoide Tetrastichus giffardianus (Hymenoptera: Eulophidae) foi introduzido no Brasil (Estado de São Paulo) para o controle de C. capitata, porém o parasitoide não conseguiu se adaptar. Nos últimos anos, T. giffardianus vem sendo registrado parasitando naturalmente C. capitata em condições de campo, no semiárido brasileiro. Assim, é importante a realização de estudos básicos que envolvam a interação desse inimigo natural com a espécie-praga em questão e suas diversas espécies de frutíferas hospedeiras. Portanto, o objetivou-se avaliar a eficiência de parasitismo de T. giffardianus sobre larvas de C. capitata em diferentes variedades de manga (Mangifera indica L). Para isso, parasitoides recém emergidos foram sexados e alocados em casais dentro de arenas plásticas, em delineamento inteiramente casualizado contendo quatro tratamentos (T1-Coité, T2-Haden, T3-Tommy Atkins, T4-Rosa) e 10 repetições constituídas por um pedaço de fruto de manga infestado com cinco larvas de terceiro instar de C. capitata cada. Após o período de 24 h de exposição, todas as larvas foram individualizadas até a emergência dos adultos (mosca/parasitoide). Após a emergência dos adultos, avaliou-se a porcentagem de parasitismo, o número médio de parasitoides por pupário/hospedeiro e a razão sexual da prole. Constatou-se maior taxa de parasitismo em larvas que infestavam a variedade Coité (12,5%), seguido das variedades Haden (6,5%), Tommy Atkins (6,5%) e Rosa (6%). O total de parasitoides emergidos foi de 624 adultos, com médias de: 10,2; 10; 12,6 e 9,6 parasitoides/pupário nas variedades Coité, Haden, Tommy Atkins e Rosa, respectivamente. Os valores médios da razão sexual foram de 0,38 para a variedade Coité, 0,46 para a Haden, 0,65 para a variedade Rosa e 0,53 para a variedade Tommy Atkins. Pode-se inferir que houve tendência de maior taxa de emergência de fêmeas em relação ao número de machos para as variedades Rosa e Tommy Atkins. Conclui-se que o parasitoide apresentou melhor desempenho na variedade de manga Coité, devido à alta taxa de parasitismo em relação as demais variedades.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas