A carne de frango atualmente é uma das mais consumidas no Brasil. É uma das cadeias produtivas onde se tem maiores investimentos em tecnologias associadas ao processamento e conservação da carne, a exemplo, a marinação. Com isso objetivou-se com este trabalho analisar a qualidade física da carne de frango utilizando o extrato aquoso da Moringa oleífera L. na marinação e seu efeito sobre as características físicas e microbiológicas dessa carne. Foram utilizados filés de peito, que foram pesados e separados em três grupos, cada um com um tratamento específico: 0EM (carne de frango com marinação em água destilada), EM3 (carne de frango marinada com extrato aquoso da Moringa oleífera L. a 3%), e EM5 (carne de frango marinada com extrato aquoso da Moringa oleífera L. a 5%) por 20 minutos. As análises físicas foram realizadas no Laboratório de Análises Instrumentais e Sensoriais (LANIS) da UFERSA, as análises avaliadas foram: pH, cor, capacidade de retenção de água (CRA), força de cisalhamento (FC) e perda de peso por cocção (PPC); e as análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA) da UFERSA. Após a preparação e diluição, as amostras foram submetidas à técnica de contagem padrão de microrganismos mesófilos aeróbios, utilizando a metodologia oficial brasileira para análises microbiológicas de alimentos de origem animal, descrita em BRASIL, 2003. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de comparação de médias. As variáveis foram comparadas por meio do teste T de Student, ao nível de 5% de probabilidade. Os procedimentos estatísticos foram conduzidos utilizando-se o SISVAR, versão 5.6. Com relação às análises físicas, observou-se que a utilização do extrato aquoso da Moringa oleifera L. na carne de frango não obteve resultados significativos nos parâmetros e tratamentos realizados, com exceção apenas do pH, onde as amostras com os extratos diferiram significativamente dos demais analisados, obtendo um pH mais ácido. A adição do extrato aquoso da Moringa corroborou com o aumento dos valores de PPC e CRA. A FC desse trabalho está dentro da recomendação sugerida na literatura, estando todos dentro do valor aceitável de maciez da carne de frango. A média dos valores de L*, a* e b* estão dentro dos valores encontrados na literatura para uma carne normal. Com base na legislação normativa N° 60, de 23 de dezembro de 2019 para carnes resfriadas, ou congeladas, in natura, de aves (carnes ou miúdos crus, temperados ou não) é permitido e considerado aceitável o valor de 5 x 10? UFC/g de mesófilos. Com relação às análises microbiológicas desse trabalho, os valores encontrados são inferiores ao citado em todos os dias de análises, exceto no dia 0 em que o tratamento EM5 obteve um valor de 7 x 10? UFC/g. Os resultados obtidos nas análises demonstraram que o grau de contaminação encontrado está dentro do permitido pela legislação. A utilização do extrato aquoso da Moringa permitiu a conservação das características físicas e microbiológica, podendo vir a ser uma alternativa natural para conservação da carne de frango.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas