O Câncer Colorretal (CCR) atinge em torno de 945 mil pessoas, anualmente, no mundo. A incidência é maior acima dos 50 anos de idade e é considerada neoplasia de bom prognóstico se diagnosticada em estágios iniciais. Os tumores malignos que acometem o cólon e o reto representam o terceiro tipo de neoplasia mais prevalente no mundo em homens (seguido da próstata e do pulmão) e o segundo nas mulheres (seguido da mama). O objetivo deste estudo foi avaliar os dados epidemiológicos dos pacientes submetidos a procedimento cirúrgico com diagnóstico de tumor maligno colorretal na Liga Mossoroense de Estudo e Combate ao Câncer (LMECC) no período de 2011 a 2018. Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAE 15231819.1.0000.5294), mediante revisão de 81 prontuários de pacientes submetidos à colectomia e retossigmoidectomia por CCR realizados na Liga Mossoroense de Estudo e Combate ao Câncer, em Mossoró / RN, no período de tempo estabelecido, com diagnóstico histopatológico confirmado. Resultados: dos 81 prontuários coletados, 33 são do sexo masculino e 48 do sexo feminino. Com relação à idade da população estudada, foram encontrados os extremos 35 e 99 anos. Segundo a distribuição por municípios, Mossoró prevaleceu (n=43). Quanto aos sintomas, a maioria iniciou em 2017. 42 tinham o adenocarcinoma sem especificação como tipo histológico. Além disso, 64 dos pacientes usaram quimioterapia (QT) no tratamento e 13% usaram Radioterapia. Para o tipo de esquema usado na QT, houve grande variedade de combinações de drogas, sendo os esquemas MFOLFOX6 (n=25), 5-FU/LEU (n=18) e FLOX (n=16) os mais registrados. Quanto à quantidade de esquemas da QT, a maioria usou apenas 01 (n=29). Com relação aos sintomas iniciais, a maioria tinha inicialmente dor abdominal (n= 29), constipação (n=29) e hematoquezia (n=29). Ademais, a maior prevalência foi para tumor de reto (n=42), seguido pela junção retossigmoide (n=24) e cólon - região não especificada (n=23). De acordo com os dados encontrados, os pacientes tiveram sua primeira consulta em tempos variáveis, sendo o primeiro registro no ano de 2004 (n=01), o mais recente em 2019 (n=01) e o maior número de registros em 2018 (n=22). 14 pacientes apresentaram metástase sem especificação de local, 12 apenas em linfonodos. Quanto ao estadiamento, houve grande variedade. Além disso, 79 indivíduos foram submetidos a procedimento cirúrgico, sendo o maior número de cirurgias em 2018. A abordagem cirúrgica mais utilizada foi a retossigmoidectomia abdominal. As datas de internação e alta foram prevalentes em 2017 e 2018. A maioria não teve registro de complicações no pós-cirúrgico e, quando registradas, a colostomia, a ileostomia e o broncoespasmo foram as mais citadas. 18 pacientes necessitaram de reabordagem cirúrgica. 23 vieram a óbito durante o tratamento e 58 permanecem em acompanhamento.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas