Crescimento de mudas de Anandenanthera colubrina (Angico) em resposta ao substrato

Crescimento de mudas de Anandenanthera colubrina (Angico) em resposta ao substrato

• Autor
• José Travassos Dos Santos Júnior
• Co-autores
• Jeferson Luiz Dallabona Dombroski , Ludmilla Fernandes Cavalcante
• Resumo

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  Um dos fatores que afeta a distribuição de espécies vegetais em um determinado ecossistema é o solo, particularmente suas características físicas, químicas e biológicas. É fundamental, em atividades de revegetação de áreas degradadas, que as espécies a serem implantadas no local sejam adaptadas ao seu solo, para que não só os indivíduos implantados, mas também seus descendentes possam ocupar efetivamente o local, potencializando o retorno do equilíbrio ecológico desejado. Assim, é interessante realizar experimentos sobre a germinação de sementes e o crescimento inicial das plantas, para verificar se existe algum impedimento para a propagação da espécie na área a ser recuperada. Para as espécies da Caatinga, ainda conhecemos muito pouco sobre sua resposta à matéria orgânica e aos nutrientes minerais, e seria muito desejável que as espécies nativas fossem classificadas quanto à sua resposta às condições edáficas, de forma a facilitar a seleção de espécies em programas de revegetação. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar experimentos sob condições padronizadas com Angico, para mensurar o efeito da disponibilidade de matéria orgânica e nutrientes minerais no crescimento inicial das plantas. Para isso, foi instalado um experimento com mudas de Angico (Anadenanthera colubrina). As fontes utilizadas foram superfosfato simples (P) (300 mg dm^-³), micronutrientes quelatizados (M)  (70 mg dm^-3) e composto orgânico (MO) (25%), adicionados a solo local (latossolo vermelho-amarelo distrófico) em todas as combinações possíveis (Apenas solo (C), P; M; P+M; MO; MO+P; MO+M; MO+M+P) em sacos com 1,9 dm³ de capacidade. As sementes foram obtidas do banco de sementes do Projeto Caatinga, semeadas em bandejas com substrato comercial e transplantadas conforme usual. O experimento foi conduzido em ambiente protegido, no período de novembro de 2019 a fevereiro de 2020. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente ao acaso (DIC), com oito tratamentos e doze repetições. Ao final do período de 98 dias após o transplantio, as mudas foram coletadas, lavadas, particionadas, secas em estufa e pesadas. Foram mensuradas: a matéria seca das folhas (MSF), do caule (MSC), e das raízes (MSR), sendo calculados a MST (MSF + MSC + MSR), a RPF (MSF/MST) e MSR/MST. O crescimento em MS das mudas não foi afetado pela adição de P, M ou P+M, porém foi significativamente afetado pela adição de MO, obtendo-se, para as médias agrupadas (sem MO) e (com MO), os valores de, respectivamente: para MST:2,5±0,3 (g) e 4,8±0,5 (g); para RPF:0,08±0,01 e 0,18±0,02; e para MSR/MST (%) 85,3±1,6; 72,1±2,8), onde o segundo algarismo corresponde ao intervalo de confiança das médias a 5%. Os resultados indicam que a espécie responde bem à adição de matéria orgânica no substrato. Em virtude dos fatos mencionados, houve efeito significativo dos tratamentos para as variáveis analisadas do substrato com solo enriquecido com composto orgânico é o mais indicado para produção de mudas de Angico. 

• Palavras-chave
• Nutrição mineral, Espécies Florestais Nativas, Produção de Mudas, Anadenanthera colubrina.
• Área Temática
• Ciências Agrárias

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