Os ditongos no Português Brasileiro são formados a partir de sequências de segmentos vocálicos, sendo que um dos segmentos, é uma vogal plena e o outro, uma semivogal. A sequência de segmentos, porém, pode sofrer alterações, dentre elas, o apagamento das semivogais /w/ e /j/ nos ditongos decrescentes orais, o que acarreta em um fenômeno comum na fala da língua portuguesa chamado de monotongação. Baseado sob a perspectiva da fonética acústica e da sociolinguística, este trabalho teve como objetivo observar a ocorrência do apagamento nos ditongos decrescentes /aj/ e /ej/ na cidade de Apodi, Caraúbas e Patú, analisando a existência de padrões linguísticos que contribuam para o acontecimento deste fenômeno. Para isso, foram coletadas amostras de fala de quatro palavras do português brasileiro /prateleira/ /caixa/ /peixe/ e /cadeira/ a partir do C-POTI, que se configura como um Corpus oral que compreende falares da região do oeste potiguar. Inicialmente, estava previsto no cronograma de pesquisa o uso da entrevista in locus para análise dos fenômeno mencionados acima, mas isso não foi possível devido o período de pandemia pelo qual passa o país. As palavras coletadas desse corpus foram analisadas através do software Praat, tendo como parâmetro características acústicas como a trajetória de formantes e a duração dos ditongos e dos monotongos. Além disso, verificou-se os efeitos da duração das variáveis [a] e [e] em função da variável sexo do informante por meio da linguagem R. Feito a aplicação dos dados no R, os resultados mostraram que, em média, os entrevistados do sexo masculino obtiveram maior duração na produção dos segmentos analisados, sendo que 0.142 milissegundos (ms) para os informantes do sexo feminino e 0.149ms para os do sexo masculino. No entanto, esse diferença é muito pouco se compararmos as informações expressas na literatura que, geralmente, prever 0.122ms para a primeira categoria de informantes e 0.109ms para a segunda, respectivamente. Sabe-se que existem fatores externos que influenciam na duração das vogais e, consequentemente, na entoação da fala; no entanto, entende-se aqui que os resultados ainda não são representativos para uma afirmação categórica de que a fala dos informantes do sexo masculino apresenta maior duração do que a da fala das mulheres.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas