Crescimento inicial de plântulas de Pajeú (Triplaris gardneriana) em substrato salinizado

  • Autor
  • Harielly Tyanne Gabriel Targino
  • Co-autores
  • Jeferson Luiz Dallabona Dombroski , José Travassos dos Santos Júnior , Ludmilla Fernandes Cavalcante
  • Resumo
  • Um dos fatores desfavoráveis na recuperação de áreas degradadas em regiões semiáridas é a ocorrência de salinização no solo, processo pedogenético ocasionado pela concentração elevada de sais. Além de dificultar o estabelecimento, o crescimento e a competitividade das mudas, existe a possibilidade de que as sementes produzidas pelas futuras árvores não consigam germinar nestas condições, inviabilizando a ocupação da área pela espécie. Com isso, o planejamento de uma atividade de revegetação deve levar em consideração também as informações sobre tolerância à salinidade durante o desenvolvimento inicial das plantas. Não há muita informação sobre tolerância a solos salinizados para espécies da Caatinga e em muitos casos apresentam dados insuficientes sobre este efeito na germinação de sementes. Assim, objetivo deste trabalho foi avaliar a emergência e desenvolvimento de plântulas de Pajeú submetidas a salinidade na água de irrigação. O experimento foi desenvolvido com a espécie arbórea Triplaris gardineriana, no Laboratório de Ecofisiologia Vegetal da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró - RN. Para isso, vinte bandejas plásticas, perfuradas para drenagem, foram preenchidas com quatro centímetros de areia quartzosa grossa lavada e autoclavada (3,5 litros por bandeja), e divididas em cinco tratamentos formados por soluções de cloreto de sódio (NaCl) com condutividades elétricas (CE) de (0,5; 3,0; 6,0; 9,0 e 12,0 dS m-¹) até a saturação do substrato. Após a drenagem do excedente, 50 sementes foram distribuídas nas bandejas segundo um gabarito, sendo as soluções repostas diariamente, sempre de forma excessiva e permitindo-se drenagem do lixiviado, de forma a manter as bandejas em capacidade de campo. Avaliou-se emergência das plantas (E) diariamente durante 60 dias. Ao final do experimento, mensurou-se a altura (H), número de folhas (NF), área foliar (AF) e diâmetro do colo (DC). Além disso, as mudas foram lavadas, particionadas e secadas em estufa para obtenção da massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca da raiz (MSR), massa seca foliar (MSF) e o cálculo de massa seca total (MST). Os valores obtidos foram, respectivamente: para E: 60%, 30%, 10%, 0% e 0%. As plantas emergidas no tratamento a 6,0 dS m-1 pereceram antes do fim do experimento, não sendo contabilizadas nas outras análises. Os valores obtidos na avaliação final foram: Para H: 4,1±0,4 cm e 1,9±0,8 cm, para NF: 3,3±0,3 e 2,6±0,6; para AF:10,5±1,6 cm2 e 3,6±1,6 cm2; para DC: 1,2±0,1 mm e 1,4±0,1 mm; para MST: 49,5±34,0 e 51,5±47,7 mg; para MSR:7,3±2,5 mg e 5,8±1,4 mg; para MSF:36,6±34,0 e 42,5±47,6 mg. O Pajeú pode ser classificado como de baixa tolerância à salinidade, cuja germinação e desenvolvimento inicial das plantas foram afetados, não sendo recomendável o plantio em solos salinizados ou em áreas sujeitas a este processo.

  • Palavras-chave
  • Pajeú, Germinação, Salinidade, Semiárido, Caatinga
  • Área Temática
  • Ciências Agrárias
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