Os fitoterápicos são medicamentos que apresentam como princípio-ativo componentes exclusivamente vegetais. Nesse contexto, a Spondias mombin L., conhecida como cajazeira, é usada como fitoterápico e apresenta inúmeras propriedades medicinais, como a antimicrobiana. Desta forma, apresentamos como inovação a capacidade antibacteriana da formulação em pomada. Desse modo, o objetivo com o presente trabalho foi avaliar a eficácia antibacteriana da pomada à base de folhas de cajá (Spondias mombin L.) no tratamento das lesões cutâneas infeccionadas em cães. Para tal, foram confeccionadas 40 bisnagas com creme à base de cajá à 1% no Laboratório de Microbiologia Veterinária (LAMIV) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Nove animais (A, B, C, D, E, F, G, H e I) que apresentavam lesões cutâneas infeccionadas participaram do experimento, mediante autorização dos seus tutores através de TCLE, descrito no processo do CEUA no 23091.012871/2019-33. Os animais foram tratados por 21 dias com aplicação da pomada sobre as lesões na pele. No primeiro dia de atendimento de cada animal do experimento (Dia 0) foram coletadas amostras biológicas das lesões e realizada análise clínica. Esse mesmo procedimento se repetiu nos dias 7, 14 e 21. As amostras coletadas foram processadas no Lamiv, sendo semeadas em Agar sangue de carneiro e meio de cultura MacConkey. Em seguida, realizou-se a diluição seriada em 101, 102 e 103 e semeadura de 0,1mL de cada diluição em Agar Soyabean, as placas foram incubadas em estufa bacteriológica a 37°C por 48h. Após o período de incubação foi realizada a contagem de unidades formadoras de colônias (UFC). Na análise dos resultados, no dia zero (0) houve crescimento bacteriano em todas as amostras coletadas e semeadas em Agar Soyabean, sendo que a contagem bacteriana foi de 7,0x105 UFC/g, 3,2x104 UFC/g, 1,48x106 UFC/g, 4,0x105 UFC/g, 4,63x105 UFC/g, 1,57x106 UFC/g, 1,76x105 UFC/g, 6,0x102 UFC/g e 3,96x104 UFC/g para os animais A, B, C, D, E, F, G, H e I respectivamente. No dia 07 a contagem bacteriana foi de 7,0X102 UFC/g, 3,0x102 UFC/g, 6,0x103 UFC/g, 1,95x103 UFC/g e 2,3x103 UFC/g para os animais A, B, C, D e F. Para os animais E, G, H e I não houve formação de colônias neste dia. Já no dia 14, apenas o animal A apresentou contagem bacteriana de 4,0x102 UFC/g. Para os demais animais não houve formação de colônias neste dia. No dia 21 não houve formação de colônias bacterianas para nenhum animal do experimento. Ademais, para identificação de bactérias gram-positivas e gram-negativas semeadas no meio Agar sangue de carneiro e MacConkey, respectivamente, foi observado que todas as amostras (Animais A, B, C, D, E, F, G, H e I) continham somente bactérias gram-positivas. Quanto à análise, houve uma completa cicatrização de todas as lesões entre 14 e 21 dias. Conclui-se, então, que o potencial antimicrobiano da pomada à base de cajá foi significativo para inibir o crescimento de bactérias gram-positivas com duas semanas de tratamento para a maioria dos animais, evidenciando a importância dessa formulação para o tratamento de feridas contaminadas.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas