Avaliação da influência das variáveis meteorológicas sobre a temperatura interna e produção leiteira de vacas mestiças da raça Holandesa criadas na região semiárida

Avaliação da influência das variáveis meteorológicas sobre a temperatura interna e produção leiteira de vacas mestiças da raça Holandesa criadas na região semiárida

• Autor
• Jose Rodrigo Maia Freitas
• Co-autores
• Leonardo Lelis de Macedo Costa , Saulo Tasso Araujo da Silva , Thiberio de Souza Castelo , João Batista Freire de Souza Junior
• Resumo

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  O controle da temperatura interna de uma vaca é primordial para que haja uma produção leiteira adequada, fazendo que que essa expresse seu máximo potencial genético. Dessa forma, objetivou-se investigar o efeito da variação circadiana da temperatura interna sobre produção leiteira de vacas mestiças da raça Holandesa na região semiárida. Os dados foram coletados na fazenda Flor da Serra, localizada a 5°13’6” de latitude Sul, 38°0’3” W e 153m de altitude. Foram utilizadas 16 vacas mestiças da raça Holandesa, variando de ¾ a 15/16 das raças Holandesa x Zebu, selecionadas na fazenda de maneira aleatória. Os animais foram mantidos no manejo normal da propriedade, recebendo o alimento concentrado (ração contendo 18% de proteína e 2% de sal mineral e com acesso ao volumoso, capim tanzania (Panicum maximum). Também foram fornecidos sal mineral e água limpa e de qualidade ad libitum. Foram obtidos dados de radiação global (MJm^-2dia^-1), temperatura do ar (T_A,ºC), a umidade relativa do ar (UR%), velocidade do vento (U, m.s^-1), temperatura de globo negro (T_G, ºC) ao sol e precipitação através da estação meteorológica (CAMPBELL SCIENTIFIC), instalada no mesmo local onde estavam os animais. Os dados foram dispostos na forma de média e desvio padrão e realizada análise correlação das variáveis. Quanto aos dados ambientais, observou-se as médias, máximas e mínimas da temperatura do ar (26,7; 33,8 e 22,0 ºC); umidade relativa (76,8; 91,50 e 91,5%), precipitação de 33 mm; radiação máxima 1422 W.m^-2; fluxo diário (19,5; 23,5 e 10,1MJ.m^-2) e vento variando entre 0 e 7,7 m.s^-2. A produção foi registrada na ordenha da manhã, tarde e soma total. A temperatura interna das vacas foi registrada através de um datalogger, com registros a cada 10 segundos, por 10 dias consecutivos, inserido dentro da vaca através de um implante vaginal. Quanto a produção leiteira média por vaca de 26,17 litros/vaca, sendo 13,22 litros pela manhã e 13,51litros no período da tarde. Quanto a temperatura interna média foi de 39,41 ºC, com mínima 37,97ºC e máxima de 40,47ºC, amplitude diária variando de 0,87 até 2,8 ºC. Quanto a temperatura interna foi observado que a amplitude (tmax – tmin), máxima (tmax) e mínima (tmin) apresentaram efeito significativo sobre a produção diária de leite; quanto menor a temperatura do ar mínima diária maior a produção leiteira total; a radiação apresentou correlação negativa com a temperatura retal máxima e a precipitação apresentou correlação negativa com a amplitude de temperatura interna e correlação positiva com a produção leiteira do período da tarde. Assim os dias que apresentam menor temperatura mínima, menor incidência de radiação e maior precipitação as vacas apresentam maior produção leiteira. Em conclusão quanto maior a amplitude de temperatura interna diária maior é a produção leiteira diária das vacas mestiças da raça Holandesa na região semiárida.

   

• Palavras-chave
• Biometeorologia, Biofísica Ambiental, Amplitude da temperatura.
• Área Temática
• Ciências Agrárias

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