ESTUDO DA APLICAÇÃO DE TRATAMENTO QUÍMICO NA VAGEM DE FEIJÃO PARA GERAÇÃO DE BIOETANOL

  • Autor
  • KARINA ESTRELA EGÍDIO
  • Co-autores
  • Breno Eduardo Carlos , Shirlene Kelly dos Santos Carmo , Cláwsio Rogério Cruz de Sousa , Marcelo Nascimento de Morais Oliveira
  • Resumo
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    Ao longo dos anos, o consumo energético em larga escala vem preocupando os países de todo o mundo, pois são derivados de produtos não renováveis e muito poluentes ao meio ambiente, como os derivados do petróleo. Por este motivo, pesquisadores e cientistas buscam formas alternativas para suprir essa necessidade buscando materiais que produzam uma energia de maneira renovável e menos degradável ao meio ambiente. A exemplo disso tem-se o etanol de 2ª geração, o Bioetanol, um álcool provindo de materiais lignocelulósicos, os quais são matérias-primas formadas, basicamente, por lignina, celulose e hemicelulose, componentes esses que dependendo de sua quantidade tornam-se eficientes para produção alcóolica.   O projeto em questão apresentou como principal objetivo analisar a viabilidade da vagem do feijão para este fim, pois o feijão é produzido e comercializado em todo o nosso país e, principalmente, na região Potiguar, onde há uma elevada quantidade de resíduos oriundos da sua produção e consumo, o que para grande parte dos agricultores que cultivam essa matéria-prima, acabam por dispor ao meio ambiente estes resíduos sem um fim específico. Diante disso, as vagens, na grande maioria, não possuem um fim utilitário e seu destino para produção do bioetanol contribui para uma diminuição no desperdício, bem como para uma produção de energia menos poluente. Desse modo, os valores de celulose e hemicelulose obtidos a partir da caracterização físico-química, 30,67% e 30,0%, respectivamente, foram superiores ao de lignina (5,87%), o que torna o produto bastante eficiente para essa produção e formação de álcool. Além disso, como objetivo principal e forma de minimizar custos financeiros e aumentar a produtividade de teor alcóolico, foram desenvolvidos novos testes considerando agora apenas uma etapa de aquecimento, a autoclave (usando como solvente o ácido clorídrico 0,1%, por 120min, em uma temperatura de 127°C), além de analisar se há interferências quanto a granulometria no processo reacional do material. Portanto, com isso, concluiu-se não só que a vagem do feijão é apta a formação do bioetanol, como também que uma granulometria menor (peneira com abertura de malha inferior a 150mm) proporciona um aumento da produção de açúcares fermentescíveis em mais de 100% quando comparada a uma granulometria maior (peneira com abertura de malha de 2,36mm). Além disso, o destino da matéria-prima a apenas para autoclave permite uma produção maior de álcool, com um aumento em 34% no teor alcóolico obtido quando comparado àquela amostra que foi submetida para os dois procedimentos de banho-maria (temperatura de 100°C, tempo reacional de 60 min e ácido clorídrico 0,05%) e autoclave (temperatura de 127°C, 120min e com o solvente ácido clorídrico 0,1%). Isso resulta porque a autoclave se configura como um procedimento com condições mais severas, como altas temperatura e pressão, evitando a formação de inibidores no processo de fermentação.

     

  • Palavras-chave
  • Etanol celulósico, Reaproveitamento, Lignocelulósico, Meio ambiente.
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