Aspectos do coping em pacientes adultos e idosos: um estudo na Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer em Mossoró-RN

Aspectos do coping em pacientes adultos e idosos: um estudo na Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer em Mossoró-RN

• Autor
• Luiz Gabriel Manini Minto
• Co-autores
• Flávia Trindade Picolo , Ellany Gurgel Cosme do Nascimento
• Resumo

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  Diante da situação de diagnóstico de um tumor maligno, é normal que os pacientes busquem estratégias para tentar superar essa adversidade, pois o tratamento e a própria doença acarretam diversos efeitos colaterais como dor, fadiga, perda da autoestima e confiança, choque emocional, confusão, ansiedade, angústia, medo, sentimentos de isolamento e mudanças na rotina. Entre as formas de lidar com realidade imposta pela neoplasia, existe o coping, que é um processo através do qual o indivíduo lida de maneira controlada as demandas da relação com o meio para satisfazer as demandas sociais, manter seu equilíbrio de maneira holística e controlar situações de estresse. O presente estudo trata de uma pesquisa exploratória de abordagem quantitativa que tem por objetivo compreender a autopercepção de saúde em pacientes adultos e idosos com variados tipos de câncer e diferentes estadiamentos, além de relacionar aos aspectos do coping utilizados pelos mesmos. Os participantes do estudo são pacientes maiores de 18 anos acompanhados nas unidades de tratamento oncológico da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). Os dados foram coletados através de entrevista estruturada com o questionário EMEP (Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas), aplicada a 182 pacientes em diversos estadiamentos. Foi apresentada uma análise descritiva dos dados coletados ao longo de Agosto/2019 a Setembro/2020, por meio do programa estatístico SPSS. A autoavaliação em saúde, no geral, foi tida como “Bom” ou “Muito Bom”, não havendo distinção entre a faixa etária. Em relação a religião dos participantes, a crença mais referida foi a católica. Os padrões de resposta da EMEP mostraram que ambas as faixas etárias estavam voltadas para o coping focado no problema, através de estratégias como planejamento, busca de informações e ajuda, comparação, reavaliação positiva, busca de soluções e busca de suporte social. Grande parte dos pacientes também referiu apego à fé para superar o problema. Alguns adultos, ainda, demonstraram maiores conflitos internos do que idosos. Dados demográficos também foram acessados. O sexo predominante foi o feminino para ambos adultos e idosos. A procedência dos pacientes foi variada, sendo a maioria da cidade de Mossoró. O nível de escolaridade apresentou divergências de faixa etária, tendo os adultos um maior nível escolar que os idosos. No tratamento corrente, a maioria dos adultos estavam em quimioterapia, enquanto os idosos em radioterapia. A principal contribuição deste trabalho é o maior conhecimento das estratégias de enfrentamento utilizadas pelos pacientes oncológicos em diferentes faixas etárias, o que permitirá o possível desenvolvimento de políticas de auxílio personalizadas para grupos de idade, gravidade, espiritualidade, religiosidade e autopercepção de saúde diferentes. Dentre as limitações, cita-se a pandemia pelo SARS-Cov-2, a desproporção de pacientes adultos e idosos incluídos e a extensão do questionário de coleta. Conclui-se que a abordagem multidisciplinar do paciente com câncer é a melhor maneira de prestar uma assistência de qualidade, tendo em vista que o bem-estar e a qualidade de vida são produtos de uma terapêutica médica adequada atrelada a recursos e características pessoais e institucionais do paciente. 

   

• Palavras-chave
• Neoplasias, Adultos, Idosos, Estratégias de Enfrentamento
• Área Temática
• Ciências da Saúde

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