A bovinocultura leiteira é uma importante forma de subsistência dos pequenos produtores do oeste potiguar. No manejo com animais e produtos alimentícios, é de suma importância que a higiene e assepsia sejam preservados, para obtenção de produto de qualidade. Para isto utiliza-se antissépticos durante o manejo e limpeza dos tetos dos animais, diminuindo, assim, a ocorrência de infecções bacterianas. Nesse contexto, objetivou-se verificar a ação antimicrobiana in vivo do decocto a base das folhas de Spondias mombin L. (cajá) em matrizes bovinas de aptidão leiteira. Foram utilizadas folhas de cajá para confecção do decocto na concentração de 1:10, com armazenamento em garrafas estéreis de cor âmbar e mantido sob refrigeração a 8° C. Posteriormente foram selecionadas 32 fêmeas em lactação de diferentes produtores da região de Mossoró-RN. Estas foram separadas em quatro grupos de tratamento, onde: I – iodo (controle positivo); II – água (controle negativo); III – ácido lático (usado pelo produtor) e IV – decocto de folhas de cajá (opção alternativa). Após a ordenha de cada animal, foram aplicados os tratamentos de imersão em cada grupo com o produto correspondente, e deixado agir por 10 minutos. Passado este tempo era realizada a coleta passando-se um suabe estéril sobre a superfície lateral de cada teto. As aplicações ocorreram duas vezes ao dia pelos produtores, durante 28 dias consecutivos. As amostras coletadas seguiram para o Laboratório de Microbiologia Veterinária para serem processadas. Para o processamento os suabes passaram por uma lavagem, utilizando 2mL de água destilada estéril; deste lavado, foi retirado 1mL e transferido para o tubo de ensaio contendo 9mL de água destilada estéril, correspondendo à 101 e sendo diluído até uma potência de 103. Dessas diluições foram retiradas 0,1mL e distribuídos em placas com ágar Mueller Hinton, em duplicata. Cada placa foi identificada de acordo com o animal e com a diluição; após isso foram incubadas em estufa bacteriológica a 37 °C por um período de 24 a 48 horas e, posteriormente, submetidas a contagem de colônias. Foi realizada a análise fitoquímica do extrato. De acordo com os resultados obtidos, pode-se observar uma redução no número de UFC nas vacas tratadas com extrato de cajá e com iodo obtendo uma média de 1026,7 e 1025,5 UFC/cm2, respectivamente. Já nos animais tratados com ácido lático e água, ocorreu a tendência do aumento das UFC’s, com médias de 1210,1 e 1663,8 UFC/cm2, respectivamente. Os resultados da análise fitoquímica mostram a presença de compostos fenólicos e saponinas, flavonóides e esteróides. A partir dos resultados obtidos pode-se sugerir que o decocto á base de folhas de Spondias mombin L. possui ação antimicrobiana in vivo sobre isolados bovinos.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas