A quitosana é um biopolimero que tem despertado um grande interesse na ciência, devido sua vasta aplicabilidade nas áreas biotecnológicas, biomédicas e farmacêuticas. O trabalho teve como objetivo a realizações de ensaios físico-químicos em membranas de quitosana tratadas de duas formas, tratamento químico através da adição do glicerol 5% e 10% em relação a massa de quitosana utilizada e através do tratamento físico com exposição ao plasma à baixa pressão em diferentes intervalos de tempos (30 e 60 minutos, respectivamente) visando a observações de alterações em suas características para as mais diversas aplicações. Foram preparadas membranas constituídas puramente de quitosana e membranas com as proporções de 5% e 10% de glicerol, em relação a massa de quitosana utilizada. Visando a alteração da permeabilidade e outras características dessas membranas, as mesmas foram submetidas a um tratamento com plasma à baixa pressão, sendo expostas ao plasma na presença do gás oxigênio por 30 minutos e 60 minutos. Para caracterização das membranas foram realizados ensaios de permeabilidade ao vapor de água, colorimetria, teor de umidade, solubilidade, DRX, ângulo de contato e energia superficial. Para os resultados do PVA foi observado que as membranas preparadas com 10% de glicerol, com relação a massa utilizada de quitosana, tiveram a média de seus valores maior que as membranas preparadas com 5%, (11,39 ± 0,02 e 8,65 ± 0,09 g m/h kPA m², respectivamente). No que diz respeito ao Teor de umidade os resultados observados das membranas de quitosana puras e com adição de glicerol foram em percentual (11,72 ± 1,13 e 11,49 ± 0,90, respectivamente), já os resultados para as amostras expostas ao plasma por 30 minutos e 60 minutos mostraram resultados distintos (9,21 ± 1,53 e 4,48 ± 0,29, respectivamente). Com a análise do ângulo de contato das membranas obteve-se os dados para membranas de quitosana sem tratamento (81,3° ± 1,93), para membranas com glicerol (65° ± 3) e para membranas com plasma 30 minutos e 60 minutos (32° ± 1,17 e 25° ± 0,98, respectivamente). A incorporação do glicerol e exposição das membranas ao plasma a baixa pressão na presença de oxigênio promoveram mudanças significativas no ângulo de contato, tornando a membrana mais hidrofílica, a exposição ao plasma de 60 minutos foi o tratamento onde se obteve as amostras com maior hidrofilicidade. No que diz respeito ao DRX os resultados dos ensaios mostraram dois picos cristalinos característicos em 2q = 10º e 20º, de acordo com a literatura o primeiro pico é devido a incorporação das moléculas de agua na membrana, já o segundo pico é atribuído a própria rede cristalina da membrana. Os resultados de energia superficial mostraram que a membrana com glicerol tem comportamento similar a membrana pura (20 e 22 mJ/m², respectivamente), já as membranas expostas ao plasma de 30 minutos e 60 minutos mostraram resultados diferentes das membranas puras (36 e 84 mJ/m², respectivamente), mostrando assim que a exposição ao plasma de baixa pressão aumentou a energia necessária para ruptura das ligações intermoleculares na superfície criada concordando com a literatura.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas