A pesquisa objetiva validar uma escala para a tolerância ao risco referente a investimentos em ativos reais. Para tanto, utilizou-se a metodologia da Análise Fatorial Exploratória (AFE) sob um instrumento de pesquisa do tipo questionário aplicado à 150 gestores, diretores e empresários que tomam decisões de investimentos em ativos reais referente aos setores de comércio, indústria e serviço. Para a validação da escala, utilizou-se as afirmações do modelo de Grable e Joo (2004), adaptando as afirmações de acordo com as situações em investimentos em ativos reais. Ao todo foram construídas seis afirmações relacionadas a variáveis para tolerância ao risco, sendo três afirmações relacionadas ao conforto e segurança, duas relacionadas à noção de risco e uma relacionada à compreensão de investimento, sendo que a escala de resposta variava de 1 à 10 onde o “1” significa o “discordo totalmente” e o “10” significa “concordo totalmente”. Dentre os três parâmetros utilizados no processo de Análise Fatorial Exploratória, ou seja, a rotação, extração e número de valores, optou-se pela rotação varimax com análise do componente principal e pelo auto valor e gráfico de Scree plot, respectivamente. Além dos dados relacionados ao processo de tomada de decisão em investimentos em ativos reais, também foram coletados dados sociodemográficos como as variáveis de: sexo, faixa etária e escolaridade, além de informações o tempo de atuação e o cargo em que ocupam na organização. Os resultados sugerem a formação de dois fatores distintos, sendo o primeiro “conforto e segurança” com o indicador de confiabilidade, alfa de Cronbach em 0,608, sendo este aceitável para pesquisas em ciências sociais aplicadas. As afirmações que compreendem esse primeiro fator são: “Eu me sinto mais confortável em investir meu dinheiro em meu negócio do que no mercado de ações”, seguido de “Eu me sinto mais confortável em investir meu dinheiro em meu negócio do que manter em aplicações financeiras” e “Em termos de investimento, a segurança é mais importante do que os retornos”. O segundo fator chamado de “Compreensão de investimento e noção de risco” apresentou um alfa de Cronbach baixo, indicando baixa confiabilidade no referido. As afirmações que compreendem esse segundo fator são: “Quando penso na palavra "risco", o termo "perda" vem à mente imediatamente”, seguido por “Ganhar dinheiro no mercado de ações depende da sorte” e “Fazer investimentos é um processo de difícil compreensão”. Conclusivamente, a pesquisa sugere que o fator (2) seja ampliado no sentido de melhorar a aplicação e apuração dos resultados a fim de mensurar a noção de risco e compreensão do investimento aplicado a tomada de decisão de investimento em ativos reais.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas