Macrophomina phaseolina (Mph) é um fungo fitopatógeno que apresenta mais de 800 hospedeiros relatados em todo o mundo. Recentemente, duas novas espécies de Macrophomina foram relatadas no Brasil [M. pseudophaseolina (Mps) e M. euphobiicola (Me)]. Este trabalho teve como objetivo testar a patogenicidade dos isolados de Macrophomina spp., obtidos das raízes de bredo e pega-pinto, Mph (CMM4738 e CMM4763), Mps (CMM4771 e CMM 4801) e Me (CMM4767 e CMM4768), respectivamente, em cucurbitáceas. Foram usados dois controles positivos de Mph (CMM1531 e Mc01), obtidos de meloeiro e melancieira, respectivamente. Plântulas de meloeiro 'Gladial' e melancieira 'Crimson Sweet', foram transplantadas para vasos, contendo substrato 'Tropstrato HT®', aos 10 dias após a semeadura (DAS). Dois dias depois as plântulas foram inoculadas por meio da inserção de palitos de 12 mm, colonizados com estruturas fúngicas de Macrophomina spp., na região do hipocótilo (1 cm acima do solo). Palitos não-infestados e autoclavados foram usados como testemunhas absolutas (TA). As plantas inoculadas foram mantidas em casa-de-vegetação com T 35±2 °C. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento (isolado). Trinta dias após a inoculação, a severidade dos isolados foi avaliada usando uma escala de notas, que vai de 0 = sem síntomas a 5 = mais de 50% dos tecidos do caule infectados. A incidência da doença foi determinada como o número de plantas infectadas por Macrophomina spp. (%). O experimento foi repetido. Foi realizada uma ANOVA preliminar para determinar se os dados poderiam ser combinados. As diferenças de severidade e incidência causadas por Macrophomina spp. foram analisadas pelo teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (p<0,05). Todos os isolados de Macrophomina spp. foram patogênicos a meloeiro. Em contrário, apenas os isolados CMM4801, CMM4763 e Mc01 foram patogênicos a melancieira. Os resultados mostraram que a severidade e a incidência da doença apresentaram diferenças significativas para os isolados de Macrophomina spp. nas culturas analisadas. Em meloeiro, os isolados CMM4738, CMM4763 e CMM1531 diferiram estatisticamente da TA para severidade e incidência da doença, apresentando as maiores médias 4,8/100%, 4,6/100% e 5,0/100%, respectivamente. Os isolados de Mps e Me apresentaram valores de 0,8 (CMM4771 e CMM4868) a 3,8 (CMM4867) para severidade, e de 20% (CMM4868) a 80% (CMM4801 e CMM4867) para incidência da doença em meloeiro. Em melancieira, Mc01 diferiu estatisticamente da TA para severidade e incidência da doença, apresentando as maiores médias (3,4/100%, respectivamente). Os isolados CMM4763 e CMM4801 apresentaram os mesmos valores de severidade e incidência de 0,4 e 40%, respectivamente, em melancieira. Sendo assim, concluímos que Macrophomina spp. existentes nas áreas de produção de meloeiro, podem ocasionar doença a cultura.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas