O gênero Macrophomina é constituído por fungos habitantes do solo capazes de infectar centenas de espécies vegetais. Este trabalho teve como objetivo verificar a patogenicidade de isolados de M. phaseolina – Mph (CMM-4733, CMM-4749, CMM-4752, CMM-4758, CMM-4760 e CMM-4762) e M. pseudophaseolina - Mps (CMM-4777, CMM-4780, CMM-4788, CMM-4795, CMM-4801 e CMM-4826), obtidos de raízes de bredo e pega-pinto, nas culturas de feijão-caupi ‘Potiguar’, feijão-mungo var. crioula, feijão-de-porco var. crioula, milho ‘Ag 5201’ e sorgo ‘BRS 330’. Também foi utilizado o isolado Mphfe, obtido de feijão-caupi, como controle positivo e uma testemunha absoluta (TA). Os experimentos foram realizados em casa-de-vegetação, com T média de 36,5 ± 2 ºC, sendo aplicado o delineamento experimental inteiramente casualizado com 14 tratamentos, representados por 13 isolados das espécies de Macrophomina, e uma TA, sendo usadas cinco repetições por tratamento. A parcela experimental foi composta por um vaso contendo uma planta. O experimento foi repetido duas vezes, em momentos diferentes, segundo semestre. Foi utilizado o método de inoculação do palito infestado, colonizados com estruturas fúngicas de Macrophomina spp., na região do hipocótilo (1 cm acima do solo), aos 10 dias da emergência das plântulas. Palitos não-infestados e autoclavados foram usados como TA. A avaliação da severidade da doença foi realizada aos 45 dias após a inoculação do patógeno. Para isso, utilizou-se uma escala de notas, que vai de 0 = assintomático a 5 = mais de 50% dos tecidos infectados. Os dados de severidade da doença para os isolados e espécies de Macrophomina foram analisados utilizando os testes não-paramétricos de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney, respectivamente, (p<0.05). Para as variáveis massa fresca e seca da parte aérea foi utilizado o teste Tukey (p<0.05). Todos os isolados de Mph (CMM-4733, CMM-4749, CMM-4752, CMM-4758, CMM-4760 e CMM-4762) e Mps (CMM-4777, CMM-4780, CMM-4788, CMM-4795, CMM-4801 e CMM-4826), obtidos de bredo e pega-pinto, foram patogênicos as culturas testadas, com exceção do feijão-de-porco, que se apresentou resistente a todos os isolados, não apresentando sintomas da doença após a inoculação. Não houve diferença estatística entre os isolados de ambas as espécies de Macrophomina, obtidos de bredo e pega-pinto, em relação ao isolado Mphfe, na severidade com a maioria das culturas testadas, com exceção do feijão-de-porco. Todos os isolados das duas espécies de Macrophomina reduziram a massa fresca e seca da parte aérea de todas as culturas em estudo. Dessa forma, de acordo com os dados obtidos nestes experimentos podemos concluir que o feijão-de-porco foi resistente a ambas as espécies de Macrophomina, podendo ser recomendada para programas de manejo deste patógeno em áreas de produção. Este é o primeiro trabalho que se tem conhecimento sobre a patogenicidade de Mps em feijão-de-porco, feijão-mungo, milho e sorgo.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas