Misturas de herbicidas são frequentemente usadas para controle de plantas daninhas em cultivos agrícolas em todo o mundo, mas o comportamento destas misturas no ambiente ainda é pouco conhecido. Ensaios de laboratório e casa de vegetação foram conduzidos para avaliar os efeitos da interação entre diuron, hexazinone e sulfometuron-methyl na meia-vida de cada herbicida quando aplicados em Latossolo Vermelho Distrófico Argissólico (LVAd). A degradação foi avaliada durante 180 dias para determinação do tempo de meia-vida (t1/2) dos herbicidas aplicados isolados: diuron (D), hexazinone (H) e sulfometuron-methyl (S); e em misturas binárias: diuron + hexazinone (D+H); diuron + sulfometuron-methyl (D+S); hexazinone + diuron (H+D); hexazinone + sulfometuron-methyl (H+S); sulfometuron-methyl + diuron (S+D) e sulfometuron-methyl + hexazinone (S+H) e ternárias: diuron + hexazinone + sulfometuron-methyl (D+H+S); hexazinone + diuron + sulfometuron-methyl (H+D+S) e sulfometuron-methyl + diuron + hexazinone (S+D+H). Amostras de 0,05 dm3 de solo de cada vaso foram coletadas para extração dos herbicidas aos 1, 3, 7, 15, 30, 45, 60, 120 e 180 dias após a aplicação dos herbicidas. Os herbicidas isolados e em misturas foram quantificados por Cromatografia Líquida de Ultra Alta Performance acoplada ao Espectrômetro de Massas (LC-MS/MS). A degradação do diuron isolado é mais lenta em comparação com as misturas, apresentando valores de t1/2 que variaram de 40 a 101 dias após a aplicação, seguindo a seguinte ordem de degradação D+S (40 dias) < D+H (47 dias) < D+H+S (66 dias) < D (101 dias). Para o hexazinone e sulfometuron-methyl, a taxa de degradação é menor nas misturas, com efeito mais pronunciado nas misturas com a presença do diuron, com t1/2 variando entre 23 e 56 dias para o hexazinone sendo, H (23 dias) < H+S (26 dias) < H+D+S (47 dias) < H+D (56 dias) e 13 a 27 dias, para o sulfometuron-methyl, obedecendo a seguinte ordem: S (13 dias) < S+H (16 dias) < S+D+H (17 dias) < S+D (27 dias). O comportamento de maior persistência dos herbicidas nas misturas podem exercer um eficiente controle de plantas daninhas. Por outro lado, devido a maior persistência no solo podem prejudicar culturas subsequentes sensíveis.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas