A pesquisa tem como objetivo a análise da Legião Brasileira de Assistência (LBA), fundada em 1942 com a função de zelar pela família de soldados enviados para a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, após o conflito bélico, a entidade transformou-se numa das maiores instituições assistenciais do país, diversificando sua atuação em distintas áreas da assistência social. Direcionando seu olhar às famílias mais pobres, utilizando-se do trabalho de mulheres de classe média alta para atingir o núcleo familiar proletário. Implicitamente essa intuição foi palco de relações de gênero complexas as quais refletiram diretamente no papel desempenhado pelas mulheres as quais foram incumbidas de cuidar, posto que este seria supostamente um aspecto natural do ser feminino. Analisando essas relações sob uma perspectiva de gênero percebemos que os papéis e trabalhos desempenhados por essas voluntárias não são fruto de sua "essência" feminina e sim de construções sociais que as fixaram no papel de mãe e as permitiram o adentrar a esfera pública. Assim, ocupando novos espaços e levando ideais burgueses de família e maternidade para as famílias proletárias.
Comissão Organizadora
Ismael Gonçalves Alves
Comissão Científica