O presente estudo tem como objetivo analisar as representações a partir do tripé investigativo: infância, civilização e educação, no periódico “A Mãi de Familia (1879-1888)”. Utiliza-se o conceito de representação elaborado por Roger Chartier, para problematizar as percepções sobre a infância e sua educação, no contexto da cidade do Rio de Janeiro. Considerando as contribuições de Norbert Elias, para abordar as questões referentes ao processo de civilização, que se apresentou durante a implantação das primeiras instituições de educação infantil. Essa investigação aborda as diferentes infâncias vivenciadas pelas crianças na cidade do Rio de Janeiro da época. Considerando, que as infâncias variavam de acordo com as questões étnicas, sociais e de gênero. Naquele período, as crianças do sexo masculino pertencentes às famílias abastadas tiveram acesso as primeiras instituições de educação infantil. Nessa conjuntura, as meninas tiveram uma infância distinta, sendo criadas e educadas para desempenharem o papel de mães e esposas. Desse modo, o estudo das representações das infâncias possibilita a problematização das distinções sociais e da construção dos espaços das crianças naquela sociedade.
Comissão Organizadora
Ismael Gonçalves Alves
Comissão Científica