PERFIL ENERGÉTICO E HEPÁTICO DE CABRITOS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO DE GORDURA

  • Autor
  • Geovana Isabel Squebola
  • Co-autores
  • Lucas Eduardo Gonçalves Vilaça , Marco Túlio Santos Siqueira , Marcela Rodrigues de Oliveira , Amanda Lara Fonseca , Valdinin Gonçalves de Andrade , Amanda Menezes de Souza , Cláudio Damião Muniz Coutinho , Gustavo Roberto Dias Rodrigues , Gilberto de Lima Macedo Júnior
  • Resumo
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    A inclusão de gordura na alimentação de ruminantes é responsável por fornecer elevada quantidade de energia. Contudo, lipídeos poli-insaturados podem acarretar problemas no ambiente ruminal. Objetivou-se analisar o efeito no perfil energético e hepático de cabritos em função da inclusão de diferentes níveis de gordura inerte de palma na ração. O experimento foi realizado na Universidade Federal de Uberlândia. Foram utilizados 16 cabritos desmamados, com idade e peso médios iniciais de 60 dias e 18,66kg, respectivamente. Os animais foram dispostos em baias coletivas. A ração foi composta de silagem de sorgo, concentrado e gordura inerte de palma, adicionada no momento da alimentação, sendo ofertada às 8 e 16 horas. Os tratamentos consistiam em diferentes níveis de gordura, sendo: 0g, 25g, 50g e 75g de gordura por animal por dia. A avaliação dos metabólitos sanguíneos foi feita quinzenalmente com os animais em jejum, com coleta de sangue através da veia jugular. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com medidas repetidas no tempo, possuindo quatro tratamentos. As médias dos tratamentos e períodos foram comparadas pelo estudo de regressão (P<0,05). Para determinar o perfil metabólico energético foram obtidos dados de glicose e frutosamina; e para o perfil hepático, dados de enzimas hepáticas, sendo elas, gamaglutamiltransferase (GGT), aspartato aminotransferase (AST) e fosfatase alcalina (FA). Não houve diferença estatística (P>0,05) entre os tratamentos, entretanto, houve entre os períodos de fornecimento para frutosamina, glicose e GGT, ocasionando respostas quadráticas. A glicose possui composto diferente dos carboidratos como percursor em ruminantes, sendo ele o propionato, o qual é absorvido no epitélio ruminal e convertido através da gliconeogênese, ou seja, sua formação é via indireta. Visto isso, a diminuição do metabólito em questão pode ser explicada pela sua flutuação considerada normal. A frutosamina é formada quando a glicose reage não enzimaticamente com uma proteína. Como a frutosamina reflete a glicose com mais estabilidade, o aumento analisado é possível ser explicado pelo melhor aproveitamento energético ao longo do estudo. Para a enzima hepática GGT, observou-se aumento, contudo, os valores continuaram dentro do intervalo considerado normal para a espécie. A inclusão de diferentes níveis de gordura inerte de palma na alimentação de cabritos não provocou mudanças deletérias no perfil energético e hepático.

  • Palavras-chave
  • PALAVRAS-CHAVE: frutosamina, gamaglutamiltransferase, glicose, metabólitos, ruminantes
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