Conhecer a composição química dos alimentos é um fator importante para o desenvolvimento do animal e para a eficiência alimentar, com isso torna-se relevante a análise do consumo de matéria seca (MS). Dessa forma, objetivou-se avaliar, o consumo de MS e o ganho de peso em cabritos leiteiros mestiços alimentados com gordura inerte de palma. O experimento, foi realizado na Universidade Federal de Uberlândia. Foram selecionados 16 cabritos com idade e peso médio inicial de dois meses e 18,66 kg, respectivamente, os quais foram sorteados ao acaso, em quatro baias coletivas. Foram fornecidos, para esses animais, o trato, duas vezes ao dia, às 8:00 e 16:00 horas e água limpa à vontade. A dieta era composta por silagem de sorgo e o concentrado, sendo que a gordura de palma era adicionada no momento do arraçoamento. Desse modo, o experimento teve quatro tratamentos com quatro repetições cada, sendo: controle (sem a adição da gordura), 25g, 50g e 75g de gordura por animal e as análises do consumo eram realizadas semanalmente. Os animais foram pesados, sempre pela manhã, em jejum e os dados estatísticos obtidos para o ganho de peso, englobam os pesos dos animais no início e no fim do experimento para a avaliação do ganho de peso total (GPT) e a cada 7 dias, para avaliar o ganho médio diário (GMD) e assim, acompanhar o desenvolvimento do animal. Nesse experimento, a análise estatística do consumo nos tratamentos foi descritiva e a avaliação das análises de consumo no período e pesos foram com o estudo de regressão (P<0,05), sendo elas, as variáveis GMD e GPT. Os dados das médias do consumo (total da baia) foram: consumo de matéria seca (CMS) de 2,87 kg/dia, consumo de matéria mineral (CMM) de 0,403 kg/dia e consumo de matéria orgânica (CMO) de 2,47 kg/dia. As variáveis GMD e GPT, que teve como média os pesos 0,151 Kg e 9,53 Kg, respectivamente, não foram afetadas pelos tratamentos (P>0,05). Mas promoveram um comportamento linear positivo, o que demonstra que os animais ganharam peso durante todo o período experimental. Esse fator, pode ser explicado pelos valores nutricionais dos compostos químicos, e também pela ação do ambiente ruminal possibilitando um bom desempenho corporal, por estarem em fase de crescimento. Desse modo, a avaliação do consumo de MS, MM e MO e do ganho de peso, mostrou-se ter um desempenho alimentar e corporal que não afeta de forma negativa o desempenho dos animais.