A criação de caprinos é uma das mais importantes do ponto de vista econômico e social, sendo considerada como fonte de renda e proteína. Apesar das altas taxas de crescimento dos rebanhos no nordeste brasileiro, verifica-se que, de modo geral, os animais são criados extensivamente, cuja criação está associada a um manejo reprodutivo deficiente. Para a melhoria qualitativa do rebanho, faz-se necessário o emprego de acasalamentos orientados. As orientações dos acasalamentos permitem ampliação na visão da capacidade de produção e na tomada de decisões. Apesar da potencialidade da atividade no Estado do Maranhão, verificam-se poucas discussões sobre a orientação dos acasalamentos, objetivando a disseminação do material genético melhorado. Neste sentido, o trabalho objetivou identificar os sistemas de acasalamento adotados pelos criadores de caprinos na Microrregião de Aglomeração Urbana de São Luís – MA. O levantamento de dados foi realizado por meio da aplicação de questionário semiestruturado, junto aos criadores, contendo questões objetivas. Para análise descritiva dos dados, foi utilizado o pacote Microsoft Office Excel® com o objetivo de estimar as frequências das variáveis. De acordo com os resultados, o sistema de acasalamento adotado pela maioria dos criadores é o sistema de monta natural livre (76,19%). Apenas 23,81% dos criadores adotam o sistema de monta natural controlada. No sistema de monta natural livre, reprodutores e matrizes permanecem no mesmo ambiente, não havendo separação entre machos e fêmeas e os acasalamentos acontecem de maneira aleatória. Neste sentido, Aquino et al. (2016) ressaltam que este sistema traz como consequência a ocorrência de acasalamentos desordenados entre as raças, sem objetivos específicos, levando a perdas incalculáveis provocadas pelo elevado nível de endogamia dos rebanhos e pelo subdesenvolvimento das fêmeas jovens precocemente acasaladas. Conclui-se que o sistema de acasalamento adotado pela maioria dos criadores de caprinos nas propriedades em estudo pode comprometer negativamente na eficiência reprodutiva do rebanho. Neste caso, a situação apresentada requer ações voltadas para a implementação de medidas que permitam o ajuste destes sistemas, objetivando o crescimento do índices produtivos do rebanho.