Os caprinos ocupam um nicho importante, particularmente nos países em desenvolvimento. No entanto apesar do aumento das populações caprinas globais, poucas são as ferramentas que buscam predizer o consumo e desempenho de cabritas em crescimento. Sendo que, informações são necessárias para avaliar o aproveitamento da energia dos nutrientes a fim de detectar possíveis falhas relacionadas a essas predições. Diante disso, objetivou-se avaliar o efeito do plano nutricional (L) sobre consumo de cabritas em crescimento. O estudo foi conduzido nas dependências do Setor de Caprinocultura, no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, UFV, localizado no município de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. E aprovado pela comissão de ética de uso de animais de produção- CEUAP sob protocolo experimental n° 084/2019. O período experimental teve duração de 81 dias divididos em 15 dias para adaptação dos animais e 66 dias de coleta de informações. E constituiu-se de três planos nutricionais, a saber uma dieta controle (para atender à exigência de mantença), L1, e duas outras para permitir ganhos de 100g.dia-1 e 150g.dia-1, L2 e L3, respectivamente. Os caprinos foram alojados em baias de metabolismo equipadas para a colheita de fezes e urina, com a alimentação controlada e água ad libitum.Trinta e seis fêmeas caprinas das raças Parda Alpina e Saanen foram alocadas ao acaso, sendo oito recebendo a dieta de mantença e catorze em cada uma das demais dietas. Foram pesados diariamente o ofertado e as sobras individuais para o cálculo do consumo. Para o cálculo do consumo foi estabelecido todos os valores em função do peso metabólico dos animais (PV0,75). A elevação dos planos nutricionais, L1, L2, e L3 provocou respostas de efeito quadrático (P<0,001) no consumo de matéria seca (0,04; 0,07; e 0,08), energia bruta (158940,4; 233507,1 e 257392,2), proteína bruta (0,005; 0,01 e 0,014) e matéria mineral (0,005; 0,015 e 0,02) respectivamente. Para o consumo de fibra em detergente neutro (CFDN) foi observado efeito linear decrescente (0,02; 0,03 e 0,42) respectivamente. Conclui-se então que o aumento do plano nutricional modifica o consumo de nutrientes de cabritas leiteiras em crescimento.