O presente trabalho relata a experiência de uma oficina desenvolvida no âmbito do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) com alunos do 3º ano do Ensino Médio na Escola de Referência em Ensino Médio Cônego Alexandre Cavalcanti. A oficina teve como objetivo aproximar os estudantes da Química dos corantes, relacionando-a aos temas de poluição e arte, evidenciando a importância da contextualização para o processo de ensino-aprendizagem. Inicialmente, os alunos participaram de uma exposição dialogada sobre aspectos históricos, culturais e químicos de diversos corantes, incluindo tanto pigmentos naturais quanto sintéticos. Em seguida, os estudantes produziram tintas a partir de pigmentos naturais como carvão, cúrcuma, colorau, clorofila do espinafre, café e beterraba, combinados com água, cola e farinha de trigo, aplicando-os em atividades de pintura. Durante a oficina, observou-se grande engajamento dos alunos, que participaram ativamente com perguntas e respostas, demonstrando interesse tanto na parte teórica quanto na prática. No aspecto experimental, os grupos aplicaram técnicas de maceração, filtração e pulverização, enfrentando pequenas dificuldades, como a extração incompleta de alguns pigmentos. A atividade permitiu ainda discussões éticas sobre o uso de corantes tóxicos e a valorização de alternativas naturais, promovendo reflexões sobre a relação entre ciência, tecnologia, sociedade e meio ambiente (CTSA). Os resultados indicam que a integração de Química e Arte, por meio do estudo de corantes e pigmentos, constitui uma estratégia para tornar o ensino-aprendizagem mais dinâmico.
ISBN 978-65-01-82059-0
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Emilly Vitória de Oliveira
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