O artigo apresenta um estudo de caso realizado em uma turma do 2º ano do Ensino Médio de uma Escola de Referência em Pernambuco, cujo objetivo foi compreender os desafios e limitações culturais no processo de ensino-aprendizagem da Química, fundamentando-se nas teorias histórico-culturais de Vygotsky e nas concepções pedagógicas de Paulo Freire. O referencial teórico adotado destacou a importância da interação social e cultural, bem como do papel mediador do professor no desenvolvimento da Zona de Desenvolvimento Proximal dos estudantes, além da necessidade de relacionar o Ensino da Química com o contexto sociocultural do aluno. A metodologia qualitativa incluiu observações em sala de aula, análise do perfil dos estudantes, acompanhamento de estratégias pedagógicas, uso de recursos didáticos variados, realização de experimentos com materiais do cotidiano e aplicação de atividades avaliativas. Os resultados evidenciaram que a turma apresentava perfis distintos de aprendizagem, com grupos que variavam desde dificuldades em conteúdos matemáticos básicos até maior domínio teórico-prático, sendo que a utilização de metodologias ativas, contextualização dos conteúdos abordados e a realização de atividades experimentais contribuiu significativamente para o engajamento e a compreensão dos conteúdos. As avaliações mostraram evolução gradual dos estudantes, ainda que persistissem lacunas ligadas à formação matemática prévia. O estudo concluiu que o ensino de Química se torna mais efetivo quando articulado às vivências socioculturais dos alunos, sendo essencial a mediação do professor no uso de recursos diversificados e na construção de pontes entre teoria e prática, bem como na integração interdisciplinar com a Matemática, a fim de garantir uma aprendizagem crítica, reflexiva e significativa.
ISBN 978-65-01-82059-0
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