A Astronomia, enquanto ciência ancestral, desempenha papel essencial na compreensão dos fenômenos naturais e de sua relação com a cultura. No Ensino Fundamental, sua abordagem permite conectar teoria e prática, promovendo aprendizagens significativas e críticas em consonância com a BNCC. Este trabalho apresenta uma proposta interdisciplinar desenvolvida pelo PIBID em uma escola de tempo integral, envolvendo três atividades principais: a construção de relógios solares, a produção de cordéis sobre constelações indígenas e a confecção de foguetes de garrafas PET para participação na Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG, 2025).
A justificativa da proposta baseia-se na necessidade de integrar ciência, arte e cultura, valorizando tanto o conhecimento científico quanto os saberes tradicionais. Autores como Freire (1999) e Schmied-Kowarzik (1988) defendem que o conhecimento se constrói na interação ativa entre estudante e realidade, enquanto Afonso (2019) ressalta a importância das constelações indígenas na construção de um olhar decolonial.
Metodologicamente, as atividades foram realizadas em grupos, utilizando materiais acessíveis e estratégias colaborativas. O relógio solar favoreceu a compreensão histórica e científica do movimento aparente do Sol; os foguetes possibilitaram a aplicação prática de conceitos como pressão, aerodinâmica e a terceira lei de Newton; e os cordéis indígenas estimularam a valorização cultural e a integração entre ciência e arte.
Os resultados mostraram que as práticas promoveram motivação, protagonismo discente e aprendizagem interdisciplinar. Além de favorecer a compreensão de conceitos científicos, possibilitaram o desenvolvimento do pensamento crítico, da cooperação e da curiosidade investigativa. As experiências dialogam com Vygotsky, ao enfatizar a construção coletiva do conhecimento, e com Freire, ao unir teoria e prática em uma educação transformadora
ISBN 978-65-01-82059-0
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Pibid/RP
Emilly Vitória de Oliveira
Maria Gabriele de Oliveira
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