No Brasil, o trabalho dos caminhoneiros tem grande relevância e impacto na economia, uma vez que mais de 60% do volume total de cargas é transportada pelas rodovias, através dos motoristas de caminhão. Nesse sentido, a interrupção desse trabalho gera inúmeros prejuízos econômicos e socias. Entretanto, estudos mostram que as condições e longas jornadas de trabalho a que são submetidos cotidianamente podem ter desdobramentos na saúde desses trabalhadores. Partindo do pressuposto da Psicodinâmica do Trabalho, em que o labor é visto como um binômio, permeado tanto de prazer como de sofrimento, considera-se que os trabalhadores desenvolvem estratégias de enfrentamento para lidarem com as contradições do trabalho e assim, conseguirem preservar sua integridade física e psicológica. Esta pesquisa analisa a dinâmica de trabalho de caminhoneiros de rota longa que abastecem a Cooperativa dos Hortigranjeiros do Maranhão (CEASA-MA), na cidade de São Luís/MA. Adota a proposta teórico-metodológica apoiada na abordagem conceitual da Psicodinâmica do Trabalho em articulação com o Materialismo Histórico-Dialético, priorizando as seguintes categorias: prazer e sofrimento, estratégias de enfrentamento e reconhecimento. A pesquisa empírica tem como participantes oito caminhoneiros de rota longa, sendo cinco autônomos e três empregados, todos com mais de um ano de exercício na profissão. É um estudo qualitativo, que tem como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada e um questionário para mapear a amostra. Os caminhoneiros fazem parte de uma classe de trabalhadores bastante heterogênea, contudo é possível vislumbrar algumas aproximações na atividade dos autônomos e dos empregados. A dinâmica de trabalho a que são submetidos pode contribuir significativamente para o comprometimento da saúde desses profissionais, fazendo com que as vivências de sofrimento sejam ainda mais acentuadas, mobilizando-os a buscarem cada vez mais estratégias de enfretamento a fim de não adoecerem, tendo ainda repercussões no sentido que é atribuído ao trabalho.
Informações Gerais
Modalidades e critérios específicos
1. Minicursos: enviar resumo do que vai ser discutido. O minicurso deverá ter carga horária mínima de 4 (quatro) e máxima de 8 (oito) horas. Ocorrerá no turno da manhã, entre os dias 20 e 22 de outubro. É necessário informar: a) nome do minicurso; b) público-alvo; c) carga horária; d) dia(s) da semana; e) número mínimo e máximo de participantes; d) o que você precisará para ofertar o minicurso.
2. Mesa-Redonda: enviar resumo da mesa articulado com a temática da Semana e/ou os eixos das ênfases curriculares do curso de Psicologia da UFMA (“Processos Clínicos e de Saúde” e “Processos Psicossociais”). A mesa-redonda deve ser proposta por seu coordenador(a). A apresentação deve ser feita por até 03 membros contando com o coordenador(a), caso esse também for apresentar. O(A) coordenador(a) atuará como moderador(a) de forma a orientar a discussão em torno do tema principal da mesa-redonda. A mesa-redonda terá duração de 01 hora e meia, sendo 20 minutos para cada apresentação e 30 minutos para o debate e realização de perguntas.
3. Sessão Coordenada: enviar resumo do que será discutido. As sessões coordenadas se caracterizam pela organização de um conjunto de apresentações orais que se inter-relacionem ou se complementem. O agrupamento dos trabalhos será decidido conforme avaliação da Comissão Científica. O tempo de duração da sessão será de 01 hora, sendo até 15 minutos para a apresentação de cada trabalho e 15 minutos para realização de perguntas.
4. Relato de Experiência: enviar resumo do que será discutido. Consiste na apresentação de relatos de experiências de professores, alunos e/ou profissionais da Psicologia (não professores) em diferentes contextos como estágio (obrigatório e não obrigatório), projeto de extensão ou instituição na qual a experiência ocorreu. O tempo de duração do relato de experiência será de 01 hora, sendo 15 minutos para a apresentação de cada participante e 15 minutos para realização de perguntas.