O presente texto almeja levantar reflexões sobre as vivências subjetivas de desembargadores ao transitar de lugar social, deslocando-se do status de desembargador ativo para o de aposentado numa sociedade em que o trabalho é central. Apresenta conteúdos da dissertação de mestrado da autora e resgata subsídios de um projeto de pesquisa maior, que a autora integra, que discute as repercussões da aposentadoria na subjetividade de servidores públicos de uma IFES (instituição Federal de Ensino Superior). Constitui-se em uma pesquisa bibliográfica e empírica com nove desembargadores aposentados. Optou-se pelo uso do referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho em articulação com o Materialismo Histórico-dialético. Constatou-se que a experiência da aposentadoria propiciou rupturas na constituição da subjetividade dos entrevistados, exigindo novos modos de subjetivação a partir do lugar da inatividade. Concluiu-se que o principal fator desencadeante de sofrimento psíquico para os participantes foi a falta de reconhecimento social na aposentadoria. Logo, as perdas subjetivas e as angústias, características deste crucial momento de afastamento do trabalho, também foram experimentadas pelos desembargadores, embora sejam aposentados detentores de condições financeiras bastante confortáveis para os padrões da sociedade. Infere-se ainda que o sujeito após a aposentadoria tende a se colocar num lugar indesejável, estigmatizado pela sociedade incorporando a imagem do aposentado, frequentemente atrelada à inutilidade e ao desprestígio, numa sociedade que cultua a aparência, a excelência, a beleza, a jovialidade e o ativismo, tendo o trabalho como o centro.
Informações Gerais
Modalidades e critérios específicos
1. Minicursos: enviar resumo do que vai ser discutido. O minicurso deverá ter carga horária mínima de 4 (quatro) e máxima de 8 (oito) horas. Ocorrerá no turno da manhã, entre os dias 20 e 22 de outubro. É necessário informar: a) nome do minicurso; b) público-alvo; c) carga horária; d) dia(s) da semana; e) número mínimo e máximo de participantes; d) o que você precisará para ofertar o minicurso.
2. Mesa-Redonda: enviar resumo da mesa articulado com a temática da Semana e/ou os eixos das ênfases curriculares do curso de Psicologia da UFMA (“Processos Clínicos e de Saúde” e “Processos Psicossociais”). A mesa-redonda deve ser proposta por seu coordenador(a). A apresentação deve ser feita por até 03 membros contando com o coordenador(a), caso esse também for apresentar. O(A) coordenador(a) atuará como moderador(a) de forma a orientar a discussão em torno do tema principal da mesa-redonda. A mesa-redonda terá duração de 01 hora e meia, sendo 20 minutos para cada apresentação e 30 minutos para o debate e realização de perguntas.
3. Sessão Coordenada: enviar resumo do que será discutido. As sessões coordenadas se caracterizam pela organização de um conjunto de apresentações orais que se inter-relacionem ou se complementem. O agrupamento dos trabalhos será decidido conforme avaliação da Comissão Científica. O tempo de duração da sessão será de 01 hora, sendo até 15 minutos para a apresentação de cada trabalho e 15 minutos para realização de perguntas.
4. Relato de Experiência: enviar resumo do que será discutido. Consiste na apresentação de relatos de experiências de professores, alunos e/ou profissionais da Psicologia (não professores) em diferentes contextos como estágio (obrigatório e não obrigatório), projeto de extensão ou instituição na qual a experiência ocorreu. O tempo de duração do relato de experiência será de 01 hora, sendo 15 minutos para a apresentação de cada participante e 15 minutos para realização de perguntas.