INTRODUÇÃO: A paralisia cerebral (PC) é um grupo de distúrbios neurológicos permanentes que afetam o desenvolvimento do movimento e da postura que causam limitação das atividades motoras destes indivíduos1. As principais desordens motoras decorrentes desta afecção são hipertonia muscular seguida de redução da força muscular e diminuição do controle seletivo do movimento, geralmente acompanhadas de alterações sensitivas, perceptivas, cognitivas e comunicativas, de distúrbios comportamentais e de redução da aptidão cardiorrespiratória, as alterações de deglutição, comprometem a eficácia e segurança da condução do bolo alimentar, visto que na literatura apura-se que a disfagia esteja presente de 27% a 99% de crianças com PC2,3. OBJETIVO: Realizar a Sistematização da assistência de Enfermagem (SAE) em um paciente com paralisia cerebral. METODOLOGIA: Estudo de caso clínico, exploratório, descritivo realizado em visitas domiciliares durante a assistência da Estratégia Saúde da Família, em setembro de 2019, utilizando SAE. Realizou-se a coleta dos dados por meio da anamnese, exame físico e consulta ao prontuário. RESULTADOS: Paciente I.R.C.S., 13 anos, sexo masculino, pardo, ensino fundamental incompleto, pouco contactante, mãe relata gestação sem complicações e nascimento a termo, diagnosticado ao nascer com paralisia cerebral, com início de crises convulsivas a partir dos 2 anos, tornando-se acamado aos 11 anos de idade, aos cuidados da mãe em tempo integral, alimentação em sonda de gastrostomia, faz uso atualmente de topiramato, lamotrigina, clobazam, carbamazepina e fenobarbital. Através do histórico de enfermagem, anamnese e exame físico foram obtidos os seguintes Diagnósticos de Enfermagem (NANDA): Mobilidade física prejudicada relacionada prejuízos músculos esqueléticos evidenciado pela capacidade limitada para desenvolver habilidades motoras; Risco de integridade tissular prejudicada; Déficit no autocuidado para alimentação relacionado pela capacidade prejudicada de mastigar/deglutir o alimento evidenciado por prejuízo neuromuscular. De acordo com os diagnósticos de enfermagem elaborou-se as seguintes intervenções de enfermagem (NIC): Selecionar a técnica de transferência adequada; Realização de decúbito; Hidratar a pele em áreas de proeminências; Promover envolvimento familiar na alimentação; Colocação da paciente em posição de fowler durante a administração da dieta. (SAE). CONCLUSÃO: A SAE é um instrumento privativo do enfermeiro, tornando mais eficaz a assistência, sendo um instrumento individualizado, possibilitando trabalhar de forma holística, de modo a garantir a integralidade e a qualidade da assistência, sobretudo tendo um acompanhamento ampliado sobre a fisiopatologia do paciente.
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