AUMENTO DA RESPOSTA CONTRÁTIL À ESTIMULAÇÃO DE CAMPO ELÉTRICO EM ARTÉRIA MESENTÉRICA DE RESISTÊNCIA DE RATOS HIPERTENSOS DOCA-SAL: PARTICIPAÇÃO DA OUABAÍNA ENDÓGENA

  • Autor
  • Ricardo Bernardino de Paula
  • Co-autores
  • Gisele Kruger Couto , Luciana Venturini Rossoni
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A ouabaína (OUA) inibe a atividade da Na+, K+-ATPase (NKA) e/ou interage com essa proteína promovendo a ativação da tirosina quinase cSRC. A interação NKA/cSRC é conhecida como signalosome. A inibição da NKA pela OUA, de forma aguda, aumenta a liberação de neurotransmissores da inervação perivascular (IPV). No entanto, o efeito da OUA na IPV por meio da ativação do signalosome é desconhecido. OBJETIVO: investigar, por meio do uso da rostafuroxina (ROSTA), um antagonista da OUA endógena que atua na via signalosome, a participação da OUA na IPV em artérias mesentéricas de resistência (AMRs) de ratos hipertensos DOCA-sal. MÉTODOS: Após 5 semanas de tratamento com DOCA e ingestão de solução salina [contendo NaCl (1%) e KCl (0,2%)], ratos Wistar uninefrectomizados foram randomizados em 2 grupos: DOCA-sal tratados com ROSTA (1 mg/kg/dia, gavagem, 3 semanas) ou DOCA-sal tratado com veículo (DOCA-sal). Ratos Wistar uninefrectomizados e que receberam água pura foram utilizados como controle (CT). A pressão arterial (PA) foi medida semanalmente por pletismografia de cauda. A IPV foi avaliada utilizando miógrafo de arame para vasos de resistência. Curvas de estimulação de campo elétrico (EFS) e concentração-resposta à noradrenalina e ao nitroprussiato de sódio (NPS) foram realizadas em anéis de AMR sem endotélio. Análise estatística: teste t de Student ou ANOVA, p <0,05 *vs. CT; #vs. DOCA-sal. Aprovação no comitê de ética n. 03/2016. RESULTADOS: O tratamento com ROSTA reduziu significativamente a PA (16,5%) dos DOCA-sal. A EFS das AMRs induziu uma resposta contrátil dependente de frequência e sensível a tetrodotoxina em todos os grupos estudados, no entanto essa resposta foi maior nas AMRs dos DOCA-sal quando comparada a observada nos grupos CT e ROSTA. A ROSTA reduziu, mas não normalizou aos valores do CT, a resposta à EFS [AUC: CT 49 ± 5,60 (n = 29) vs. DOCA-sal 146 ± 15,17* (n = 22) vs. ROSTA 98 ± 13,51 *# (n = 22)]. A contração induzida pela EFS foi reduzida pelo antagonista ?-adrenérgico, fentolamina, em todos os grupos. Ao passo que a suramina (antagonista do receptor purinérgico P2) reduziu a resposta contrátil frente à EFS apenas nas AMRs dos DOCA-sal. A contração induzida pela EFS foi abolida por meio da associação entre fentolamina, suramina e BIBP3226 (antagonista do receptor Y1) em todos os grupos estudados. L-NAME (inibidor não seletivo da sintase de óxido nítrico) aumentou, em magnitude semelhante, a contração induzida pela EFS nas AMRs dos três grupos. Curvas concentração-resposta à noradrenalina e ao NPS não foram diferentes entre os grupos. CONCLUSÃO: Estes dados sugerem que o antagonismo da OUA endógena por meio do tratamento com ROSTA reduziu parcialmente a resposta contrátil à EFS em AMRs de ratos hipertensos DOCA-sal, por meio da redução dos componentes do sistema simpático da IPV.

  • Palavras-chave
  • DOCA-sal, Ouabaína, Inervação Perivascular
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  • Fisiologia Cardiovascular
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