ALTERAÇÕES ULTRA-ESTRUTURAIS NA BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA (BHE) NA HIPERTENSÃO: EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBICO

  • Autor
  • Vanessa Brito Cândido
  • Co-autores
  • Alexandre Ceroni , Alison Colquhoun , Lisete Compagno Michelini
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: Recentemente, demonstramos que o treinamento aeróbio de intensidade moderada (T) reduz a permeabilidade da BHE em áreas autonômicas de ratos hipertensos e melhora a regulação neural da circulação (Buttler et al, 2017). Tal efeito está associado à redução da expressão de Caveolina-1, principal constituinte das vesículas endocíticas responsáveis pelo transporte transcelular. Aqui, avaliamos os efeitos do T nas vias de transporte transcelular e paracelular, nos capilares do núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN), comparando ratos hipertensos espontâneos (SHR) treinados (T) e sedentários (S). MATERIAIS E MÉTODOS: SHR machos (n = 7-8 ratos / grupo) foram alocados em T (55% da capacidade máxima) ou mantidos S por 4 semanas e foram canulados cronicamente para registro dos parâmetros hemodinâmicos em repouso. Ratos normotensos e S Wistar foram usados como controles. O PVN foi isolado e processado para microscopia eletrônica de transmissão. Variáveis funcionais (basal e variabilidades da PA e FC) e mudanças ultraestruturais da BHE no PVN foram analisadas (ANOVA, P <0,05). Todos os procedimentos descritos foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo-ICB/USP sob o número CEUA 93/2017. RESULTADOS: T aumentou a variabilidade do intervalo de pulso e modulação vagal cardíaca (+ 80% e + 95%, respectivamente), bem como reduziu a FC basal (-8%). T também aumentou a sensibilidade barorreflexa espontânea (+ 50%) e diminuiu a atividade simpática vasomotora, variabilidade da PAS (~ 27%) e modulação hormonal (-32%) e reduziu parcialmente a PAM (de 170 ± 4 para 155 ± 4 mmHg). A análise ultraestrutural em áreas pré-autonômicas do PVN (cerca de 22-30 capilares / rato, 2 ratos / grupo) revelou que SHR-S exibiu maior calibre capilar (+ 27%) e aumento do número de vesículas endocíticas (+ 67%), mas não houve modificação na espessura da membrana e na proporção das junções oclusivas. Por outro lado, T reduziu as vesículas endocíticas (-53%) em SHR, o que não foi diferente no Wistar-S. Não houve alteração nas junções oclusivas. CONCLUSÃO: O aumento da permeabilidade capilar do PVN de SHR é devido à transcitose elevada, sem modificação no transporte paracelular. T mantém a integridade da BHE por meio da redução / normalização da transcitose, o que contribui para a correção do controle autonômico da circulação.

     

  • Palavras-chave
  • barreira hematoencefálica, hipertensão, treinamento
  • Área Temática
  • Fisiologia Cardiovascular
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