CRONOLOGIA DAS ADAPTAÇÕES AUTONÔMICAS AO TREINAMENTO AERÓBIO NA HIPERTENSÃO

  • Autor
  • Gustavo Santos Masson
  • Co-autores
  • Denise Fernandes , Lídia Yshii , Pedro Paulo Silva Soares , Francisco R Laurindo , Cristóforo Scavone , Lisete C Michelini
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: O treinamento aeróbio (T) normaliza ativação da microglia, concentração de espécies reativas de oxigênio (EROs), atividade do fator de transcrição NF-kappaB e expressão de citocinas pró-inflamatórias no Núcleo Paraventricular do hipotálamo, o que gera aumento da sensibilidade barorreflexa cardíaca e da atividade vagal cardíaca (Masson et al, 2014; Masson et al, 2015). Entretanto, os efeitos sequenciais moleculares, no núcleo do trato solitário (NTS) e na região rostral da medula ventrolateral (RVLM), ainda não foram evidenciados, assim como as adaptações no controle do reflexo vascular periférico. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do T sobre parâmetros hemodinâmicos, sensibilidade barorreflexa vascular e alterações moleculares, no NTS e RVLM, em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). MÉTODOS: Os procedimentos realizados neste estudo foram previamente aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (números de protocolo 137 e 2202111217). SHR e ratos Wistar-Kyoto (WKY) normotensos foram submetidos ao T (esteira ergométrica, 50-60% da capacidade física máxima.1h/dia, 5 dias/semana) ou mantidos sedentários (S) por 8 semanas. Nas semanas 0, 1, 2, 4 e 8, pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e fluxo sanguíneo da artéria ilíaca foram analisados em ratos conscientes e com livre movimentação. A resistência vascular periférica foi calculada a partir do fluxo sanguíneo e normalizada pelo peso seco da musculatura da pata traseira esquerda. Variabilidade da PA sistólica e do intervalo de pulso foram determinadas pela análise espectral e a sensibilidade barorreflexa vascular (vBrS) pela administração intravenosa de doses crescentes de fenilefrina (0.1-6.4 µg/kg) e nitroprussiato sódio (0.2-12.8 µg/kg). Após eutanásia, amostras do NTS e RVLM foram obtidas para verificação da expressão de TNF-alfa, IL-6 e IL-10 (RT-PCR) e da atividade do NF-kappaB (EMSA). Já a concentração de EROs foi avaliada através da incubação com dihidroxietídio (60 µM) e análise dos subprodutos da oxidação do dihidroxietídio pela HPLC. RESULTADOS: No início do protocolo, SHR apresentaram elevada PA, FC, resistência vascular periférica e expressão de TNF-alfa no NTS e RVLM, bem como vBrS suprimida quando comparado aos WKY. A partir da 2a. semana, T reduziu a expressão gênica de TNF-alfa e IL-6, no NTS e RVLM. A partir da 4a. semana, SHR treinados apresentavam bradicardia de repouso e elevada vBrS Após 8 semanas, SHR treinadores exibiram queda da resistência vascular periférica e da PA. T também preveniu o aumento do componente de baixa frequência da PA sistólica e da variabilidade da pressão e reduziu a atividade do NF-kappaB no NTS e a concentração de EROs no NTS e RVLM. CONCLUSÃO: A redução do estresse oxidativo e do perfil pró-inflamatório no NTS e RVLM dos SHR induzidos pelo T contribuiu para atenuação da disfunção barorreflexa vascular, diminuição da variabilidade do fluxo sanguíneo e da resistência vascular periférica contribuindo para a queda da pressão arterial.

     
  • Palavras-chave
  • Treinamento aeróbio, hipertensão, sistema nervoso central, barorreflexo, inflamação, estresse oxidativo
  • Área Temática
  • Fisiologia Cardiovascular
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