Introdução: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença multifatorial caracterizada por hiperglicemia, aumento da gliconeogênese hepática, e redução da utilização de glicose muscular e hepática conseqüentes a defeitos na síntese/secreção e/ou sinalização da insulina. O controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 1 (DM1) é feito pela reposição de insulina e, em longo prazo, gera resistência insulínica. Estudos prévios realizados em nosso laboratório demonstraram que ratos induzidos ao DM apresentam hipotireoidismo primário e aumento de citocinas pró-inflamatórias no músculo esquelético; o tratamento com T3 promoveu redução do quadro inflamatório e aumento a sensibilidade à insulina. Objetivo: Com isso o trabalho objetivou avaliar se o T3 atuaria como adjuvante da insulina no tratamento do DM. Metodologia: Para isso ratos Wistar induzidos ao DM por aloxana foram tratados com insulina (3U/6U) e/ou T3 (1,5 µg/100g PC) por 28 dias. Avaliamos: glicemia de jejum, Índice de Tolerância à Insulina (ITT), conteúdo protéico de GLUT4, hexoquinase, TNF-?, IL-10 (soleo), GLUT2, PEPCK, G6pase e Glicoquinase (Fígado). Resultados: Os animais DM apresentaram elevação da glicemia, TNF-?, GLUT2, PEPCK e G6pase e redução do ITT, IL-10, GLUT4, Glicoquinase e hexoquinase vs controle, resultados estes também encontrados no grupo T36U vs 6U e T33U. No grupo DMT3, DM 3/6U e DMT33U houve redução da glicemia, TNF-?, GLUT2, PEPCK e G6pase e aumento da sensibilidade à insulina, IL-10, GLUT4 hexoquinase e glicoquinase. Observou-se que a associação de T3 à insulina 3U aumenta a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose no soleo e fígado, enquanto reduz a produção hepática de glicose e a inflamação no músculo soleo, mostrando-se mais eficiente do que a reposição fisiológica de insulina (6U) para o controle glicêmico. Conclusão: Com os resultados apresentados pode-se concluir que, menores doses de insulina poderiam ser utilizadas quando se associa T3 ao tratamento, postergando-se a resistência insulínica resultante do seu uso crônico, evitando-se que maiores doses de insulina sejam ministradas para o controle glicêmico. Considerando a frequente correlação entre DM e hipotireoidismo apontada na literatura, tal associação parece ser de fato, a terapia mais adequada para essa patologia. CEUA ICB nº 103/2016
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