BENFOTIAMINA AUMENTA A SENSIBILIDADE Á INSULINA E REVERTE ALTERAÇÕES METABÓLICAS RELACIONADAS À DOENÇA DE ALZHEIMER EM UM MODELO EXPERIMENTAL

  • Autor
  • Ruan Carlos Macêdo de Moraes
  • Co-autores
  • Antoine Leboucher , André Kleinridders , Andréa da Silva Torrão
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Pacientes com doença de Alzheimer (DA) também sofrem de distúrbios metabólicos, incluindo perda de peso corporal. O hipotálamo, importante regulador do metabolismo, assim como outras estruturas, também apresenta neurodegeneração em pacientes com DA.  Além disso, cérebros afetados pela DA também apresentam resistência à insulina. Outra alteração que vem sendo observada em pacientes com DA, é a diminuição dos níveis de vitamina B1. Assim, nosso objetivo foi avaliar os efeitos da suplementação de benfotiamina (BFT), um precursor lipossolúvel de vitamina B1, no modelo de doença de Alzheimer esporádica induzida por estreptozotocina intracerebroventricular (ICV-STZ). Parâmetros metabólicos, sinalização de  insulina hipotalâmica, inflamação e apoptose foram estudados. MÉTODOS: Com parovação do CEUA-ICB sob o protocolo nº23/2016, ratos Wistar submetidos a ICV-STZ foram suplementados por 30 dias com 150mg / kg de BFT divididos em CTL, CTLB, STZ e STZB. A ingestão alimentar foi mensurada e, após a suplementação, o sangue foi coletado, o peso do tecido adiposo visceral determinado e amostras do hipotálamo foram utilizadas para o immunoblotting. Além disso, estimulamos células hipotalâmicas (CLU183) com STZ e/ou BFT e avaliamos a toxicidade celular e a sensibilidade à insulina. RESULTADOS: O tratamento com BFT aumentou os transportadores de tiamina no hipotálamo dos ratos STZB. STZ reduziu o peso corporal, e a ingestão alimentar, além de ter causado lipodistrofia, enquanto o tratamento com BFT protegeu contra essas desregulações. O GFAP hipotalâmico aumentou após STZ, sugerindo neuroinflamação, que não afetada pelo tratamento com BFT. Mudanças na sinalização da insulina resultaram em maior fosforilação de ERK1/2, induzida por BFT. A injeção de STZ diminuiu a razão BCL-2/BAX indicando apoptose, que foi revertida nos ratos STZB. Nos neurônios CLU183, STZ não resultou em resistência à insulina, mas a benfotiamina aumentou a sensibilidade à insulina em células expostas a STZ, resultando em maior sobrevivência celular. CONCLUSÃO: A ICV-STZ causa alterações hipotalâmicas que provocam um desequilíbrio energético resultando em perda de peso e lipodistrofia. Por outro lado, a BFT protege parcialmente contra essas alterações, modulando a sensibilidade à insulina e apoptose, melhorando a respiração mitocondrial, prevenindo a morte neuronal e revertendo peso e perda de gordura.

  • Palavras-chave
  • doença de Alzheimer, hipotálamo, metabolismo, neurodegeneração, benfotiamina
  • Área Temática
  • Neurofisiologia
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