Introdução: Mulheres grávidas com transtorno bipolar enfrentam desafios psiquiátricos e educacionais importantes durante e após a gravidez. Elas são significativamente mais propensas a enfrentar problemas de saúde mental e maternidade precoce do que outras mulheres perinatais em tratamento psiquiátrico. O transtorno bipolar pode afetar o sono das mulheres grávidas, o que pode desencadear novos episódios de humor. Além disso, algumas mulheres ficam sem seus medicamentos durante a gravidez por causa da preocupação com a saúde do feto, deixando sua condição de uma pessoa em tratamento. Objetivo: Avaliar os impactos do transtorno bipolar em mulheres grávidas na saúde fetal. Metodologia: A revisão sistemática de literatura foi realizada de acordo com o checklist PRISMA. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Scielo e Web of Science. Os descritores utilizados foram “transtorno bipolar”, “mulheres grávidas”, “saúde fetal”, “impactos” e “revisão sistemática”. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos e excluídos artigos que não estavam disponíveis em texto completo, artigos que não estavam em inglês, português ou espanhol e artigos que fugissem do tema. Resultados: Foram identificados 12 estudos com a temática. Foi possível identificar que mulheres grávidas com transtorno bipolar têm maior risco de complicações obstétricas, como pré-eclâmpsia, parto prematuro e baixo peso ao nascer. Além disso, o transtorno bipolar pode afetar o desenvolvimento fetal, aumentando o risco de problemas de comportamento e cognitivos na infância. A revisão também identificou que o tratamento do transtorno bipolar durante a gravidez é um desafio, pois muitos medicamentos podem ser prejudiciais ao feto e a interrupção do tratamento pode levar a um aumento do risco de recaída da doença em mulheres grávidas com transtorno bipolar. Conclusão: Mulheres grávidas com transtorno bipolar enfrentam desafios significativos em relação à saúde mental e à saúde fetal. A revisão sistemática de literatura identificou que o transtorno bipolar pode afetar o desenvolvimento fetal e aumentar o risco de complicações obstétricas. Além disso, o tratamento do transtorno bipolar durante a gravidez é um desafio, pois muitos medicamentos podem ser prejudiciais ao feto. É importante que as mulheres grávidas com transtorno bipolar recebam cuidados especiais e acompanhamento médico adequado para minimizar os riscos para a saúde fetal e materna.
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IGOR COSTA SANTOS
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